Sete policiais rodoviários estão envolvidos no esquema de contrabando de cigarro

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Os policiais são da região de Bataguassu

22/09/2018 09h07
Por: Redação

A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou há pouco que cinco servidores lotados no posto de Bataguassu, na divisa com São Paulo, foram presos durante a Operação Nepsis, deflagrada neste sábado (22), pela Polícia Federal, para desarticular esquema de contrabando de cigarro em Mato Grosso do Sul e mais quatro estados. Ao todo, sete de seus agentes estão envolvidos em contrabando de cigarros do Paraguai.

De acordo com a assessoria de comunicação da PRF, dos 40 mandados de prisão, sete são contra agentes da corporação. O envolvimento desses policiais com o crime, que são da região de Bataguassu, foi detectada pela própria corregedoria, há dois anos. Assim, a PRF pediu à PF que investigasse tais agentes. Os mandados de prisão da operação foram cumpridos nas cidades de Iguatemi, Mundo Novo, Eldorado, Dourados, Maringá, Bataguassu, Presidente Prudente, Presidente Epitácio.

Ainda a PRF, informou que além do processo criminal, referente aos crimes de contrabando, também vão responder procedimento administrativo que pode culminar na exclusão. Eles atuavam em rota estratégica para o crime organizado, pois poderiam facilitar a transposição das mercadorias contrabandeadas para o estado vizinho.

Na operação desencadeada pela PF, há outros seis policiais civis e militares também são alvo de mandado de prisão, mas a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não se manifestou.

A ação é coordenada pela Polícia Federal, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal do Brasil (RFB), contando ainda com apoio logístico do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) e acompanhamento das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.

Cerca de 280 policiais federais de diversos estados cumprem 35 mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária, 12 suspensões de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da organização criminosa, encontram-se servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Nepsis

O nome da operação, Nepsis, diz a PF, reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater as sofisticadas atividades contrabandistas e também à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação integrantes de órgãos de repressão e fiscalização.

Prisões de PRFs foram feitas pela corregedoria em MS Foto: Divulgação PRF