Defensores de Bolsonaro promovem atos de apoio pelo país

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Em Campo Grande, houve 14 quilômetros de careata pela Avenida Afonso Pena.

30/09/2018 19h29
Por: Redação

Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e discursos contra partidos denominados de esquerda e progressistas, manifestantes cantaram o Hino Nacional e organizaram neste domingo (30) atos em diversas cidades pelo país em apoio ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.

Em Campo Grande (MS), houve carreata de 14 quilômetros de extensão pela principal avenida, Afonso Pena. De carro, moto e até a cavalo, os eleitores tomaram conta das duas faixas da avenida, e promoveram um “buzinaço”. Houve congestionamento e trânsito ficou lento em uma das pistas. A maioria dos veículos estava adesivado ou carregava uma bandeira do Brasil. A organização estimou mais de 10 mil veículos no evento.

O advogado Bruno Brandão, 28 anos, representante do movimento “Chega de Impostos”, afirmou que a motivação para que ele participasse do manifesto foi o patriotismo.

“A gente chegou numa situação que se a gente não fizer alguma coisa o PT vai voltar e vão vir com muita mágoa. O Haddad chegou a dizer que se ele ganhar vai propor uma nova Constituinte. Imagina o que é a esquerda fazendo uma nova Constituinte, isso aqui vai virar uma nova Venezuela”, considera.

Na capital paulista, mensagem gravada por Bolsonaro foi transmitida pelo carro de som, em que ele pede apoio dos eleitores e defende pontos de sua campanha. Um deles é que não haja o que chama de ideologia de gênero nas escolas. A Polícia Militar de São Paulo não divulgou o número de participantes do evento na Avenida Paulista. A organização ainda não estimou o público.

A concentração de manifestantes pró-Bolsonaro foi organizada em um quarteirão próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde também está o carro de som principal. Mais dois carros de som menores estão ao longo da avenida, com discursos gerais sobre moral e contra corrupção. Outro ponto de concentração foi nas proximidades da sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Fechada como aos ocorre domingos e feriados, a Avenida Paulista, uma das principais da capital paulista, reúne vários segmentos da sociedade, de distintos gêneros e idades. Manifestantes ouvidos pela reportagem disseram apoiar Bolsonaro por ele ser contra a “ideologia de gênero” e afirmaram que o candidato não se caracteriza por homofobia nem misogenia.

“Ele é o único contra a comunismo e que coloca a família e Deus à frente de tudo”, disse Rafael Vieira, 27 anos. Ele disse ainda que se identifica também com Bolsonaro em relação à ideologia de gênero, que seria a “destruição da família”, levando à perda da identidade das pessoas.

Em Brasília, duas carreatas marcaram o apoio a Bolsonaro. Muitos participantes do ato usaram camisetas da Seleção Brasileira, dirigiram os carros com bandeiras do Brasil e buzinavam uns para os outros. A Polícia Militar informou que 25 mil veículos ocuparam as seis faixas da Esplanada durante o ato, somando os diferentes trajetos.

Segundo o porta-voz da PM-DF, major Michello Bueno, o cálculo foi feito considerando a saída dos veículos da Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, entre 9h30 e 13h, houve um fluxo de cerca de 20 carros por minuto em cada uma das seis faixas da via.

As duas carreatas se juntaram na Esplanada dos Ministérios durante a manhã e culminaram com protestos em frente a sede da Rede Globo. A concentração iniciada no Eixo Monumental tinha como bandeiras a defesa do candidato e a pergunta, exposta em uma faixa: “Quem mandou matar Bolsonaro?”.

No final da Asa Sul, no Plano Piloto de Brasília, havia outra concentração de apoiadores de Bolsonaro, que também partiram em carreata, tendo à frente um carro de som com candidatos locais.

Participaram da manifestação, representantes de partidos políticos, movimentos autointitulados patriotas e apoiadores da ditadura militar. Além de carros, caminhões, motocicletas e uma passeata reuniram aos demais participantes que estavam nos carros.

O aposentado Jorge Choairy, 71 anos, disse que foi ao ato por um “país melhor para todo mundo”. “O nosso apoio é espontâneo. Vivemos muito bem no regime militar, que não foi ditadura. Quem era perseguido eram os bandidos e terrorista que mataram muita gente. Na verdade eles queriam implantar o comunismo no Brasil”, afirmou.

Graziele Santos, de 42 anos, afirmou também que tinha razões pessoais para estar no protesto. “Meu critério para votar este ano é ficha limpa. Eu estou cansada de corrupção, de propina e acho que o Bolsonaro veio para poder quebrar isso.” Com informações da Agência Brasil.

Defensores de Bolsonaro promovem atos de apoio pelo país

Reuters / Paulo Whitaker

Reuters / Ueslei Marcelino