Funcionários do Google em todo o mundo protestam contra assédio sexual

317

Protesto acontece após uma reportagem apontar que um alto executivo acusado de assédio foi protegido pelo Google. No Brasil, os funcionários também se manifestaram.

01/11/2018 19h58
Por: Thiago Lavado/G1

Empregados do Google em todo o mundo deixaram os escritórios da empresa nesta quinta-feira (1º) para protestar contra escândalos de assédio sexual e como a empresa lida com esses casos.

De acordo com uma carta divulgada pelos organizadores, 60% de todos os funcionários da empresa no mundo participaram. Em fotos postadas nas redes sociais, é possível ver que o protesto aconteceu em Singapura, Índia, Nova York, Cambridge, Dublin, Londres, Zurique e também no Brasil.

Por aqui, funcionários se reuniram no térreo do prédio onde fica o Google no Brasil, na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Eles se concentraram para conversar e debater o tema do assédio.

Em nota, um porta-voz da empresa, Pichai afirma que o Google já sabia das atividades planejadas para hoje que os funcionários teriam suporte para participar se quisessem. “Funcionários já trouxeram ideias construtivas de como podemos melhorar nossas políticas e processos no futuro. Nós estamos aceitando todo esse feedback para podermos transformar essas ideias em ação.”

Chamado de “Google Walkout”, o protesto acontece após uma reportagem do jornal “New York Times” mostrar que a empresa protegeu Andy Rubin, um alto executivo diretor do sistema Android, acusado de assédio.Ele deixou a empresa com um bônus de US$ 90 milhões.

Após a veiculação da reportagem, o presidente do Google, Sundar Pichai, enviou um e-mail aos funcionários da empresa, prestando contas sobre as providências que o Google já tinha tomado em casos de assédio. De acordo com ele, o Google demitiu 48 pessoas nos últimos anos, sem qualquer tipo de benefício, diante de acusações de assédio

Funcionários do Google em Nova York protestam contra assédio sexual na empresa. — REUTERS/Jeenah Moon