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19/11/2018 07h30
Por: Redação
O traficante Marcelo Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, foi expulso do Paraguai e já está no Brasil. O Governo Federal ainda não informou para que presdío ele foi levado. Ele havia assassinado uma jovem de 18 anos, dentro de uma cela do do Agrupamento Especialização de Assunção, no Paraguai, com intuito de evitar uma extradição para o Brasil.
Marcelo Piloto deixou o Paraguai em uma aeronave nas primeiras horas desta segunda-feira. Segundo o jornal “ABC Color”, o voo partiu do Grupo Aerotático da Força Aérea Paraguaia, en Luque. elo menos três equipes das Forças Operacionais Especiais de Polícia do Paraguai fizeram a segurança do traficante durante a extradição.
- Saiu pelo Grupo Aerotático, em uma operação com os militares (…) Em um avião paraguaio, de forma muito sigilosa – confirmou Fernando Gallardo, administrador do Aeroporto Silvio Pettirossi.
O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, evitou dar declarações sobre a expulsão, mas disse rádio ABC Cardinal que a unidade militar não estava preparada para para este tipo de preso.
Prisão
Marcelo Piloto foi preso há quase um ano no Paraguai. De lá comandava o envio de drogas e armas para os morros cariocas dominados pelo Comando Vermelho.
Após ser preso, Marcelo Piloto contou informalmente aos policiais que a cada dois meses enviava carregamento de maconha e armas para as favelas do Rio. As cargas eram transportadas em fundos falsos de caminhões que passavam por Mato Grosso do Sul e São Paulo. Quando o carregamento chegava ao destino, Piloto chegava a lucrar R$ 500 mil com cada carregamento.
Assassinato de mulher dentro de quartel
No sábado, Marcelo Piloto matou, dentro de uma cela no quartel da Polícia Nacional, onde estava preso desde dezembro, a jovem argentina Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que o visitava pela segunda vez. O assassinato teve como objetivo impedir sua extradição para o Brasil.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Lidia trabalhava como garota de programa e entrou no presídio de forma irregular. Ela ficou 40 minutos com Piloto e foi golpeada 16 vezes.
Troca de comando
Após o assassinato de Lidia, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunicou neste domingo, através de sua conta no Twitter, a troca de comando na Polícia Nacional do Paraguai após reunião com o Conselho de Segurança Interna do país. Gregorio Walter Vázquez Alderete será o novo comandante da polícia paraguaia. Já Eladio Sanabria Morán será o novo subcomandante.
Gregorio Walter Vázquez Alderete, no entanto, foi acusado de cobrar propina para escolher os policiais que ocupariam cargos de chefia, segundo o jornal “ABC Color”. O caso aconteceu em julho desse ano quando ele ocupava a direção da Polícia Nacional em San Pedro. Quem estava no posto e não aceitou pagar foi retirado dos cargos. Walter nega as denúncias.
Em sua conta no Twitter, a ministra da Mulher do Paraguai, Nilda Romero, expressou seu repúdio ao caso e cobrou a investigação e punição dos envolvidos.
“Como instituição que salvaguarda a proteção dos direitos das mulheres, não toleramos a violência perpetrada contra as mulheres em nenhuma de suas formas. Lembramos também que o Ministério da Mulher coloca à disposição das mulheres vítimas de violência, serviços de assistência social, psicológica e jurídica. Chega de violência contra as mulheres!” escreveu a ministra.
A extradição de Piloto foi concedida em 30 de setembro. A defesa do traficante recorreu. Quanto aos processos a que o traficante responde no Paraguai, o país se valerá de acordos com Mercosul e o criminoso cumprirá as penas no Brasil.




















