João Baird é preso na Operação Computadores de Lama

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Equipes da Polícia Federal cumpriram os mandados na casa do empresário.

27/11/2018 09h25
Por: Redação

O empresário João Roberto Baird, dono de empresas de informática, está entre os presos da 6ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Computadores de Lama, realizada pela Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal. São cumpridos na manhã desta terça-feira (27) quatro mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão.

Policiais federais estiveram na residência do empresário, por volta das 6 horas, localizada no condomínio Monterosso, na Rua Antônio Maria Coelho, próximo ao Parque das Nações Indígenas. Os agentes só saíram às 8h30, levando Baird e uma maleta com documentos. Caminhonete descaracterizada também saiu do condomínio levando mais pessoas.

Em investigações, Baird é apontado como proprietário das empresas Itel Informática, PSG Tecnologia Aplicada, Digitho Brasil Soluções em Software, atual Digix, e Mil Tec Tecnologia da Informação. Juntas, as empresas fecharam contratos de quase R$ 800 milhões com o governo entre os anos de 2012 e 2017.

Segundo a Polícia Federal, os prejuízos causados, somando-se todas as seis fases da Operação consideradas as fraudes, valores concedidos irregularmente como benefícios fiscais e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432 milhões.

Operação Vostok

João Baird também foi um dos presos na operação Vostok. As investigações tiveram início neste ano, e tiveram como ponto de partida delação de empresários do grupo JBS. A ação envolveu 220 policiais federais que cumpriram 220 mandados de busca e apreensão, 14 de mandados de prisão temporária em Campo Grande, Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes da Laguna e na cidade de Trairão (PA). Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

TCE

Equipes estiveram no Tribunal de Contas do estado (TCE). Lá, eles cumprem mandados de busca e apreensão no gabinete do conselheiro do TCE (Tribunal de Conta do Estado) Osmar Jerônymo – braço direito do ex-governador André Puccinelli, preso desde julho.

**Computadores da Lama **

De acordo com a PF, nesta fase, donos de empresas de informática que prestam serviços para o Poder Público são investigados por enviar valores clandestinamente para o exterior e o uso de “laranjas” para ocultar patrimônio adquirido com dinheiro desviado dos cofres públicos.

O desvio se dava por meio da compra fictícia ou ilegal de produtos e contratos simulados, conforme a apuração.

Participam da operação 100 policiais, 17 servidores da CGU e 33 da Receita. Mais informações serão divulgadas em coletiva de imprensa, às 10h.

Bruno Henrique / Correio do Estado