River descarta jogar final, conforme comunicado, onde alega que a decisão de jogar a final na europa prejudica quem adquiriu entradas para assistir ao jogo.
01/12/2018 14h27
Por:Redação
A Fifa aprovou a decisão de se disputar em Madri a final da Copa Libertadores, entre as equipes argentinas River Plate e Boca Juniors. A afirmação foi feita pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, em entrevista coletiva na Cúpula do G20, da qual participa como convidado.
“Foi um momento muito triste”, disse Infantino sobre a suspensão do jogo de volta, que seria disputada no Estádio Monumental de Nuñez, na semana passada. O jogo de ida foi na Bombonera e terminou empatado em 2 a 2.
“Não é uma guerra; gera muita emoção, mas não deixa de ser um jogo”, acrescentou o presidente da Fifa, que está na Argentina desde o adiamento da partida.
Infantino disse ainda que os incidentes que ocorreram previamente à suspensão do jogo decisivo “têm que marcar um antes e um depois” para as pessoas ligadas ao futebol.
Porém, o River Plate emitiu um comunicado através de seu site oficial, no qual descarta a possibilidade de jogar a final da Libertadores no estádio do Real Madrid.
No texto o River alega que a decisão de jogar a final na europa prejudica quem adquiriu entradas para assistir ao jogo.
Confira a nota do clube abaixo:
“A partir da apresentação feita ontem, sexta-feira 30 de novembro, antes da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), o River Plate confirma sua recusa em mudar de local. O Clube entende que a decisão distorce a concorrência, prejudica quem adquiriu a entrada e afeta a igualdade de condições da perda do fator local.
Seguem-se as razões pelas quais o River Plate apoia a posição acima mencionada:
– A responsabilidade pelo insucesso da operação de segurança no sábado, dia 24 deste mês, ocorrida fora do perímetro preparado para o evento, foi, além de pública e notória, assumida abertamente pelas mais altas autoridades do Estado. Isso equivale a dizer que os eventos que o River Plate lamenta – e pelos quais simpatizavam de maneira oportuna – não são responsabilidade do clube.
– Mais de 66 mil pessoas no estádio esperaram pacientemente por cerca de oito horas no sábado e voltaram ao estádio pela segunda vez no domingo. A esses mesmos espectadores agora são negados – injustificadamente – a possibilidade de testemunhar o espetáculo, em virtude da evidente diferença de custos e da distância do local escolhido.
– É incompreensível que o clássico mais importante do futebol argentino não possa se desenvolver normalmente no mesmo país que nos dias que correm um G20 se desenvolve. O futebol argentino como um todo e a Associação de Futebol Argentino (AFA) não podem nem devem permitir que alguns torcedores violentos impeçam o desenvolvimento do Superclássico em nosso país.”
O caso
No dia 24 de novembro, pouco antes da partida, o ônihus que levava os jogadores do Boca Juniors ao Monumental foi atacado a pedradas por torcedores adversários. No dia seguinte, a direção do Boca pediu o adiamento da final, alegando a gravidade e magnitude dos atos de violência, as consequências destes sobre a equipe e a falta de segurança para realização da partida.




















