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sábado, 10 de maio, 2025
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Lula chega à China e deve assinar ao menos 16 acordos bilaterais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na noite deste sábado (10) em Pequim, na China, para uma visita oficial que promete reforçar a parceria estratégica entre os dois países. De acordo com o Itamaraty, pelo menos 16 acordos devem ser assinados durante a viagem, com possibilidade de outros 32 atos em negociação serem concluídos nos próximos dias.

As atividades oficiais da comitiva brasileira começam na segunda-feira (12), quando Lula participa do Fórum de Líderes Empresariais China-Brasil, no Centro Nacional de Convenções da China. Na terça-feira (13), o presidente estará presente no Fórum da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e, à tarde, se reunirá com as principais lideranças do governo chinês: o presidente Xi Jinping, o presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, Zhao Leji, e o primeiro-ministro Li Qiang.

A visita é considerada estratégica para estreitar laços em diversas áreas. Os acordos em discussão abrangem setores como agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, saúde, educação, turismo, cultura e esportes.

Segundo o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, a China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil, superando Estados Unidos e União Europeia. “O Brasil é o sétimo principal fornecedor da China. Então, é um momento de explorar novas vertentes de cooperação”, destacou.

Entre janeiro e março deste ano, o intercâmbio comercial entre os dois países somou cerca de US$ 38,8 bilhões — com exportações brasileiras de US$ 19,8 bilhões e importações de US$ 19 bilhões. Os principais produtos vendidos pelo Brasil incluem petróleo bruto, soja e minérios de ferro, enquanto o país importa da China embarcações, equipamentos de telecomunicações, máquinas e válvulas eletrônicas.

Além da pauta econômica, Lula e Xi Jinping devem discutir temas multilaterais, como a reforma da governança global e o apoio a soluções pacíficas para conflitos internacionais. A defesa do multilateralismo e o fortalecimento de blocos como o BRICS também estão entre os temas da agenda diplomática.

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