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domingo, 22 de junho, 2025
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Escalada entre Israel e Irã chega ao sétimo dia com ataques a hospitais e instalações nucleares

O confronto direto entre Israel e Irã, iniciado há uma semana, já deixou ao menos 664 mortos e mais de 2.400 feridos, segundo balanço da Anistia Internacional e de um grupo de direitos humanos com sede nos Estados Unidos. A escalada militar, que começou na madrugada de sexta-feira (13), tem provocado uma onda de destruição com impactos civis e militares em larga escala, além de acirrar a tensão geopolítica no Oriente Médio.

Sexta-feira (13): Ofensiva inicial e primeiras baixas

O conflito teve início com a “Operação Leão em Ascensão”, lançada por Israel contra alvos estratégicos no território iraniano. A ação mobilizou cerca de 200 caças e mais de 330 munições balísticas, atingindo instalações nucleares, bases militares e líderes da cúpula iraniana. Um dos principais alvos foi o complexo de enriquecimento de urânio de Natanz.

Em resposta, o Irã disparou mais de 100 drones e mísseis contra Israel, causando danos em Tel Aviv, Jerusalém e Ramat Gan. Os ataques deixaram 78 mortos e 320 feridos no Irã, enquanto 44 israelenses ficaram feridos.

Sábado (14): Escalada rápida e envolvimento indireto dos EUA

No segundo dia, Israel intensificou os bombardeios, atingindo 150 novos alvos no Irã. Os Estados Unidos participaram da defesa israelense, interceptando mísseis iranianos, mas negaram envolvimento nos ataques ofensivos.

O Irã, por sua vez, ameaçou atacar bases americanas, britânicas e francesas caso houvesse continuidade no apoio ocidental a Israel. Os ataques iranianos daquele dia deixaram três mortos e 174 feridos em solo israelense.

Domingo (15): Baixas na liderança iraniana e veto americano

As Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram novos bombardeios, atingindo a sede do Ministério da Defesa iraniano em Teerã. Dois altos comandantes da Guarda Revolucionária foram mortos.

Aliados do Irã, como os Houthis, do Iêmen, passaram a lançar ataques diretos contra o território israelense. Fontes americanas revelaram que o presidente Donald Trump vetou um plano israelense para assassinar o aiatolá Ali Khamenei, mas reforçou o apoio logístico a Israel.

Segunda-feira (16): Controle aéreo e novas ofensivas

No quarto dia de combates, Israel declarou ter neutralizado cerca de um terço dos lançadores de mísseis iranianos e afirmou controlar o espaço aéreo do Irã. Mesmo assim, novas ofensivas foram registradas, com o Irã atingindo infraestruturas de energia em Haifa, causando três mortes e danos em uma usina.

Bombardeios israelenses continuaram a mirar bases militares e depósitos de armas no território iraniano.

Terça-feira (17): Explosões em Teerã e tensão diplomática

As primeiras horas de terça-feira foram marcadas por explosões em Teerã e Natanz. Israel seguiu sob ataque, com sirenes soando em Tel Aviv durante a madrugada.

A crise ganhou dimensão diplomática após o presidente Trump antecipar sua saída da reunião do G7 no Canadá para uma reunião de emergência em Washington. O Irã sinalizou abertura para negociações nucleares, mas impôs como condição a suspensão dos ataques israelenses. Trump respondeu com exigências mais duras, exigindo a evacuação de Teerã.

No campo da cibersegurança, o Irã acusou Israel de conduzir uma “guerra cibernética generalizada”.

Quarta-feira (18): Ameaças diretas e aumento das ofensivas

O tom do conflito aumentou quando Trump afirmou saber onde o Líder Supremo iraniano estava escondido, mas disse que ainda não ordenaria sua eliminação. O presidente americano também autorizou o envio de mais tropas e aviões de combate para o Oriente Médio.

Enquanto isso, o Irã ameaçou atacar diretamente os Estados Unidos caso qualquer ofensiva partisse de Washington. Internamente, o regime limitou o acesso à internet e sofreu ataques hackers, que interromperam a programação da TV estatal.

Israel, por sua vez, manteve sua campanha de bombardeios, atingindo mais de 20 alvos militares iranianos durante a madrugada.

Quinta-feira (19): Ataque a hospital eleva risco de guerra total

O sétimo dia do conflito foi o mais tenso até o momento. Um míssil balístico iraniano atingiu o Hospital Soroka, em Israel, ferindo ao menos 47 pessoas. Outro ataque atingiu prédios residenciais em Tel Aviv, com 40 feridos.

O Irã alegou que o alvo era um centro de inteligência israelense próximo ao hospital, argumento rejeitado pelas autoridades israelenses. Em resposta, Israel bombardeou o reator nuclear de Arak, embora a Agência Internacional de Energia Atômica tenha informado que não houve vazamento de radiação.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, subiu o tom e afirmou que o aiatolá Ali Khamenei “não deve continuar a existir”. Netanyahu também reforçou que a ofensiva só terminará quando o Irã for desmilitarizado em termos nucleares e de mísseis.

Perspectivas

Com ameaças mútuas cada vez mais incisivas, o risco de um confronto regional de grandes proporções é iminente. A comunidade internacional, incluindo ONU e União Europeia, tem feito apelos por uma trégua imediata, mas até o momento, não há sinais concretos de cessar-fogo.

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