A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande registrou uma leve queda em setembro, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice passou de 107,2 pontos em agosto para 106,4 neste mês, interrompendo um ciclo de alta que vinha desde junho.
Dos sete indicadores avaliados, cinco apresentaram desempenho negativo neste mês. Entre as maiores retrações estão a Perspectiva Profissional, que caiu 3,7%, a Perspectiva de Consumo, com queda de 2%, e o Nível de Consumo Atual, que recuou 1,2%.
Apesar da redução no índice geral, a pesquisa aponta sinais positivos no mercado de trabalho e na renda das famílias. Cerca de 54,2% dos entrevistados afirmam sentir-se mais seguros quanto à situação atual do emprego em comparação ao ano passado, enquanto 57,5% têm perspectiva profissional positiva para os próximos seis meses. Em relação à renda atual, 53,4% indicam que ela se mantém igual à de 2022, e 55,5% relatam que estão comprando a mesma quantidade de produtos que no mesmo período do ano passado.
Para a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Regiane Dede de Oliveira, o cenário do último trimestre do ano deve ser observado com atenção. “A recente liberação do 5º lote de restituição do Imposto de Renda, somada ao pagamento da primeira parcela do 13º salário do funcionalismo público, tende a impulsionar o poder de compra das famílias. Esses fatores podem reverter a leve retração observada em setembro e gerar um ambiente mais favorável ao consumo nos próximos meses”, explica.
A coleta dos dados do ICF de setembro foi realizada nos últimos dez dias de agosto de 2025, seguindo a metodologia tradicional da pesquisa.
