Os recursos são do Ministério da Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC)
27/07/2019 13h29
Por: Redação
Na manhã deste sábado (27), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC), Marcos Pontes, participou da inauguração do Laboratório Multiusuário de Modelos Experimentais de Doença (LMED) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com investimentos de mais de R$ 1,3 milhão.
O LMED, fica no bloco da Faculdade de Medicina (Famed) da UFMS e é um complexo de laboratórios multidisciplinares que poderão ser usados por acadêmicos de outros cursos do campus, tanto da graduação, quando da pós-graduação, mestrado e doutorado.
Dentre os equipamentos, o laboratório tem o aparelho In Vivo Xtreme, avaliado em R$4 milhões. O laboratório permite o desenvolvimento de pesquisas que incluem estudos sobre câncer, fibro displasia, neurologia pediátrica.
“Atendemos os programas de pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Doenças Infecciosas e Parasitárias, o Instituto de Química, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFMS”, comenta a coordenadora do laboratório, Iandara Schettert.
A pesquisadora destaca também as parcerias com outros laboratórios da Universidade, como os de Purificação de Proteínas, de Carcinogênese Experimental, de Doenças Infecciosas e Parasitárias, o Biotério, além das institucionais nacionais como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Dom Bosco e Uniderp e das internacionais com pesquisadores da Walsh University e Akron University –OHIO, USA.
Além da construção, parte dos recursos permitiram a compra de equipamentos para ajudar nas pesquisas no LMED, que desde o início do seu funcionamento, em março de 2017, já realizou oito experimentos.
“Temos condições para efetuar dois tipos de experimentos simultaneamente. Em média cada um tem duração de seis a oito semanas. Todos seguem rigorosa e criteriosamente as determinações éticas relacionadas a experiências com modelos experimentais”, enfatiza Iandara. Com a professora, atuam diretamente 11 orientandos, sendo quatro bolsistas em tempo integral. “Nosso trabalho prima pela dedicação e responsabilidade com a ciência. O LMED é uma unidade ativa e funcional, pois temos cuidado não apenas com os modelos, mas com o funcionamento do próprio laboratório”, pontua a coordenadora.
Inovação
A partir de agosto, o Laboratório vai abrigar três experimentos que envolvem além da equipe, o pesquisador Durval Palhares do PPG em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste e duas acadêmicas, a médica e doutoranda Maria José Maldonado e a médica-veterinária e mestranda Liliane Bochenek, além da parceria com a UCDB e a Walsh University.
“Realizaremos um ensaio pré-clínico para um equipamento que o professor Durval está patenteando e foi construído em parceria com o pesquisador Marco Naka, da UCDB”, comenta Iandara. Trata-se de uma espécie de capacete (coolcap) que permite realizar uma hipotermia seletiva na cabeça de crianças que tiveram hipóxia perinatal. “Podemos falar que é um mini CTI com o objetivo de estabilizar e evitar lesões da hipóxia durante o transporte das crianças”, explica Iandara.
Segundo a coordenadora do LMED, os experimentos contribuem para gerar inovação à medida que validam tratamentos para doenças, como a hipóxia, câncer, diabetes e insuficiência renal, além dos equipamentos que auxiliam na promoção da saúde. “Os ensaios pré-clínicos constituem a parte final do desenvolvimento das pesquisas e são importantes para confirmar ou não a eficácia desses tratamentos”, pontua Schettert.
Infraestrutura – O LMED está localizado na Faculdade de Medicina, setor 2 da Cidade Universitária. Além da infraestrutura física, o LMED conta com leitora de placas de Elisa, balança de precisão, centrífuga refrigerada de alta velocidade, microscópio cirúrgico e o Extreme, que permite a aquisição de imagens digitais de raios-x com alta resolução, além de estrutura de estantes ventiladas e rack com micro-isolador, no qual é alocado um modelo por espaço.
“Sem os recursos do MCTIC não conseguiríamos implementar toda essa estrutura, vital para a continuidade dos experimentos que são importantíssimos, haja vista sua aplicação na promoção da saúde humana, principalmente, os que são relacionados às doenças raras, nas quais há poucos recursos e estudos”, comenta Iandara. Ela destacou também que os investimentos viabilizam as parcerias internacionais e o desenvolvimento de experimentos com precisão em todas as etapas, o que é fundamental.
