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Operação Avalanche teve 7 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão

A terceira fase da Operação Oiketikus, denominada Avalanche, mirou organização criminosa composta por policiais militares que atuam na facilitação do contrabando de cigarros em MS.

15/05/2020 14h47
Por: Redação

Operação Avalanche desencadeada na manhã desta sexta-feira (15) em Campo Grande e mais cinco cidades do Estado, cumpriu, além dos sete mandados de prisão preventiva contra oficiais da Polícia Militar, outras 13 determinações judiciais de busca e apreensão. A ação é um desdobramento da terceira fase da Operação Oiketicus, deflagrada em 2018.

Segundo o Ministério Público Estadual, a operação de hoje visa apurar vários crimes, entre eles o de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na facilitação de passagem de cigarros contrabandeados pelo Estado.

Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana e Dourados.

A ação foi realizada com a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Promotoria de Justiça da Auditoria Militar, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Comando-Geral da Polícia Militar e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

Ainda de acordo com Ministério Público, foram presos o ex-comandante do Departamento de Operações de Fronteira, coronel Kleber Haddad Lane, o tenente-coronel Wesley Freitas Araújo, de Naviraí, o major Luiz César de Souza Herculano, de Coxim, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, tenente-coronel da PM em Sidrolândia, tenente-coronel Carlos da Silva, de Dourados, tenente-coronel Erivaldo José Duarte Alves e o tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima.

A Operação Oiketicus foi deflagrada pela primeira vez no dia 16 de maio de 2018 e apura suspeita de pagamento de propinas a policiais que facilitavam o tráfego de veículos com cigarros contrabandeados pelas rodovias de Mato Grosso do Sul.

Na primeira fase da Oiketicus, realizada em 16 de maio de 2018, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio de 2018, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de então servidor do Tribunal de Contas do Estado.

A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. No dia primeiro de novembro de 2018, a quarta etapa prendeu um tenente-coronel e um sargento.

O nome da operação faz alusão às lagartas desta espécie que constroem uma estrutura com seda e fragmentos vegetais, com o formato semelhante a um “cigarro” alongado, e serve para a sua proteção.

Divulgação/Gaeco

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