A cada 5 dias, uma pessoa morre no trânsito de Campo Grande em 2018

386

Foram contabilizados 73 vítimas fatais nos dez meses deste ano.

06/11/2018 19h55
Por: Redação

O Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (Bptran) divulgou nesta terça-feira, um balanço das mortes no trânsito na Capital, nos primeiros dez meses deste ano. A cada 5 dias, uma pessoa morreu nas ruas de Campo Grande em 2018, o que equivale a um caso a cada 100 horas. Os dados são do comandante do Bptran, tenente-coronel Franco Alan.

Segundo o comandante, esse número é maior do que no mesmo período de 2017, são 3 vítimas a mais na comparação. Caso o ritmo de acidentes continue, a probabilidade é de mais 11 mortes no trânsito até o fim deste ano. E com isso, terá um números superiores ao ano de 2016, de acordo com os dados oficiais do Batalhão de Trânsito.

A quantidade de batidas também assusta, com registro de mais de 8 mil batidas nas ruas da capital em 2018. “Este ano, foram 8050, dos quais, 3806 não tiveram vítimas e 4171 com vítimas, além das 73 mortes”, frisou Franco Alan.

De acordo com o comandante do BPtran, os acidentes diminuíram na Capital, anteriormente, muito em virtude do aumento de fiscalização e endurecimento na legislação. Ele diz sobre mudanças no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) em relação à Lei Seca.

Pela lei, qualquer quantidade de álcool no sangue é alvo de penalidades quando a pessoa decide somar a ingestão de bebidas alcoólicas à direção. Este ano, também foram ampliadas as penas previstas para quem provocar acidentes de trânsito que levam a homicídio culposo (sem intenção de matar) ou lesão corporal grave ou gravíssima.

Ainda assim, o excesso de velocidade é o principal fator. Do total em 2018, 5,5% envolve álcool; 23,96% tem a ver com a velocidade; 11,04% eram pessoas sem habilitação e 10,21% dirigindo na contramão.

O comandante atribuiu o aumento de batidas em 2018 à falta de um mecanismo de fiscalização. Há quase dois anos, as vias de Campo Grande estão sem radares, depois que a antiga empresa retirou os equipamentos após o fim do contrato com a Prefeitura. “O campo-grandense está se acostumando com a falta de fiscalização eletrônica (radares)”.

Já a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), informou que mais radares estão sendo instalados pela cidade para tentar minimizar o número de acidentes. Alguns já estão funcionado em fase de teste, a previsão é de que em dezembro todos já estejam operando normalmente. (Com informações CG News)

Acidente no no cruzamento das ruas Anhandui com Marechal Cândido Rondon, em 15 de junho deste ano.

Gráfico de vítimas fatais em Campo Grande.