Já está solto o homem de 58 anos que havia sido preso por suposta participação no assassinato de um casal de idosos, de 75 e 83 anos de idade, ocorrido no último sábado (06) em Coxim. De acordo com as informações, ele passou por uma nova audiência de custódia nesta segunda-feira (08), após dois adolescentes de 15 e 16 anos, confessarem o crime. O caso chocou a cidade pela covardia e crueldade com que aconteceu.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) retirou o pedido de liberdade e o suspeito recebeu a liberdade provisória da juíza Larissa Luiz Ribeiro, responsável pela audiência de custódia. Na decisão, ela disse que o fato de o suspeito ter tirado xerox dos documentos das vítimas dias antes após o assassinato era porque ele precisava comprovar o seu endereço por conta de outros processos a que responde.
Ele foi apontado como principal suspeito pelo crime pelo fato de estar morando em um ímóvel cedido pelas vítimas. No entanto, o homem sempre negou os fatos. Diante das novas provas e da confissão dos autores, foi concedida a liberdade provisória ao suspeito, com compromisso do suspeito de comparecer a todos os atos do processo e, assim, foi solicitado que seja expedido alvará de soltura.
O crime
De acordo com a versão dos adolescentes, eles consumiram bebidas alcoólicas e drogas em uma festa e, após saírem do local, invadiram a casa das vítimas, sendo que o idoso foi encontrado dormindo em um sofá na varanda. No ato, eles o espancaram com barra de ferro e o esfaquearam na nuca. Em seguida, arrombaram a porta da cozinha e do quarto, onde estava a idosa que foi morta com um golpe no pescoço.
Com os dois idosos mortos, os adolescentes passaram a vasculhar a casa atrás de dinheiro, sendo que acharam apenas R$ 20,00. Não satisfeitos, eles também levaram alguns cosméticos e então fugiram.
A investigação chegou até eles depois de receber um áudio no aplicativo WhatsApp, onde um dos menores se gabava pela prática do crime. Com isso, a polícia prendeu o adolescente de 15 anos, que confessou o crime e entregou o comparsa, de 16 anos, e mais uma terceira pessoa que não foi localizada pela polícia ainda.
Durante os trabalhos, a polícia localizou parte das roupas usadas pelos adolescentes e um chinelo, compatível com uma pisada deixada em uma das poças de sangue das vítimas. A mãe de um dos adolescentes também foi encaminhada para a delegacia, pois teria queimado a camiseta do filho, que estaria suja de sangue. Ela pode ser presa por ocultar provas, considerado um crime.
