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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Armas inteligentes que só disparam por usuários cadastrados começam a ser vendidas nos EUA

Um dos equipamentos mais controversos nos EUA, as armas inteligentes, que só disparam nas mãos de usuários autorizados, começaram finalmente a ser vendidas naquele país.

Armas inteligentes e personalizadas, que só disparam se o gatilho for apertado por usuários cadastrados, podem ser o próximo passo na evolução da indústria de armamentos nos EUA. Duas empresas norte-americanas deram os primeiros passos para apresentar e regulamentar esse tipo de equipamento nos últimos dias.

Uma empresa de Idaho, a LodeStar Works, anunciou sua pistola inteligente de 9 mm na última sexta-feira (7) em um evento para acionistas, e a SmartGunz LLC afirmou que um modelo similar, porém mais simples, está sendo testado por policiais do estado do Kansas. As duas empresas prometem seus produtos nas lojas de todo o país ainda neste ano.

Um dos fundadores da LodeStar, Gareth Glaser, contou em uma entrevista que se inspirou para desenvolver o produto após ouvir histórias sobre crianças sendo baleadas quando brincavam com armas. A ideia é que a tecnologia impeça as pistolas de atirar se elas não forem usadas por pessoas previamente cadastradas.

Se a implementação for bem sucedida, isso pode ajudar a prevenir suicídios, acabar com o roubo de armas particulares que seriam inúteis sem a liberação dos donos e aumentar a segurança de policiais e agentes carcerários que podem ter suas pistolas tomadas por suspeitos.

Como funcionam as armas inteligentes?

Para garantir a segurança, a LodeStar Works integrou um leitor de impressão digital e um chip de comunicação de proximidade ativado por app de celular, e um PIN pad como backup. O equipamento pode ser programado para uso por múltiplos usuários.

O leitor de impressão digital desbloqueia a arma em microssegundos, mas o sinal de comunicação de campo próximo depende da abertura do aplicativo no smartphone.  O preço da arma da LodeStar é US$ 895, o equivalente a R$ 5 mil.

Protegidas por um dispositivo de identificação por radiofrequência, as armas da SmartGunz só disparam quando um chip embutido se comunica com outro usado pelo usuário em um anel ou pulseira. Elas serão vendidas em dois modelos: um destinado a forças policiais, com preço de venda unitário de US$ 1.795 (R$ 10 mil), e outro para civis, a US$ 2.195 (R$ 12,2 mil) a unidade.

Outras tentativas

Outras tentativas de criar esse tipo de armamento foram repelidas por associações que defendem a liberdade de uso de armas nos EUA. Em 1999, a Smith & Wesson, uma das principais fabricantes de armamentos do país, se comprometeu a desenvolver esse tipo de equipamento, mas sofreu um boicote e desistiu dos planos. 

Em 2014, a empresa alemã Armatix chegou a colocar no mercado uma pistola inteligente calibre 22 no mercado, mas ela foi retirada das lojas depois que hackers descobriram uma maneira de interferir remotamente nos sinais de rádio das armas e, usando ímas, atirar quando elas deveriam estar travadas.

*com informações R7 e Temundo

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