Em um período de três anos casos mais que dobraram
Um boletim com dados divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) referente aos casos de raiva animal no Mato Grosso do Sul, mostra um aumento significativo na comparação entre os três últimos anos. Segundo o relatório em 2021 os casos mais que dobraram.
Os quadros foram confirmados a maior parte em espécies de bovídeos, que registou 163 na soma de 2019, 2020 e 2021. Ao contrário dos que muitos pensam a doença não se manifesta somente em cães, podendo atingir inúmeras espécies, inclusive humanos.
As outras espécies com maior incidência nos últimos três anos foram equídeas com 15, morcego não hematófago com 11, e felina, ovina e animal silvestre com apenas 1 caso cada.
A pesquisa divulgada pela SES aponta uma crescente gradativa de casos da raiva animal no estado. Em 2019 foram 29 notificações, 2020 mais que dobrou passando para 74 e 2021 com 89 registros.
Na média prevalente, se referindo ao total da população, as cidades que mais apresentaram casos foram Ivinhema (21,44/1000hab), Ladário (21,02/1000hab), Costa Rica (20,53/1000hab), Paraíso das Águas (17,51/1000hab), Corumbá (17,46/1000hab), Rochedo (17,13/1000hab), e Laguna Carapã (16,44/1000hab).
Raiva
A raiva é uma doença viral fatal que pode afetar não só cães e outros mamíferos, como também pássaros e humanos. Muito antiga, é uma zoonose, transmitida ao ser humano por meio dos animais.
O vírus é principalmente transmitido pela saliva dos animais infectados, ocorrendo a infeção através de mordedura. Entretanto, é também possível que o contágio se dê pelo contato da saliva com membranas mucosas ou com feridas superficiais. Outras formas de transmissão são mais difíceis, mas podem acontecer.
