Brasil se impõe contra República Dominicana e segue invicto no Mundial

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Com a ameaça de um tufão em Hamamatsu, seleção se mantém tranquila durante todo o jogo e vence rivais por 3 sets a 0. Equipe volta à quadra nesta segunda, às 7h20, contra a Sérvia

30/09/2018 08h07
Por: João Gabriel Rodrigues/G1

A chuva que começou a cair logo cedo confirmou as previsões. A ameaça da passagem do tufão Trami, que causou estrago ao sul do Japão no sábado, afastou parte do público da Arena de Hamamatsu. Em quadra, porém, o Brasil se manteve calmo. E seguro. Mesmo nos melhores momentos das rivais na partida, a seleção feminina controlou a República Dominicana. Em 3 sets a 0, parciais 25/15, 25/20 e 25/22, a equipe de José Roberto Guimarães chegou à segunda vitória no grupo D do Mundial.

O próximo passo promete ser o mais complicado da primeira fase.

Com seis pontos e sem perder sets até aqui, o Brasil lidera o grupo D do Mundial. As quatro melhores seleções avançam à segunda fase e levam a pontuação conquistada até ali. Por isso, a importância de evitar quedas no percurso.

Gabi foi o grande destaque do time na partida. Segura no passe, apareceu bem no ataque e terminou como maior pontuadora, com 15 pontos. Tandara, com 14, foi outra a mostrar eficiência na finalização das jogadas. Pelas dominicanas, Lopez, com 10 pontos, e Peña, com nove, foram os principais nomes.

Dominicanas pouco ameaçam, e Brasil vence mais uma

A vontade de fazer frente ao Brasil deu ânimo à República Dominicana no início. Lideradas por Marcos Kwiek, as caribenhas abriram vantagem no começo do jogo. Aos poucos, porém, o Brasil se acertou. No erro de ataque rival, a seleção tomou a dianteira do placar pela primeira vez (6/5). Pouco depois, Tandara levou o time brasileiro a 8/6 na primeira parada técnica.

A vantagem logo cresceu. Dani Lins distribuía o jogo à perfeição. Tandara, Fernanda Garay e Gabi sempre apareciam bem junto à rede na definição das jogadas. O placar logo marcou 14/9 para as brasileiras, e Kwiek parou a partida. As dominicanas ameaçaram uma reação, mas não tiveram forças para incomodar. Rosamaria, que havia entrado na inversão do 5/1 pouco antes, fechou a conta com um ace: 25/15.

No retorno à quadra, o mesmo ritmo. Apesar da força ofensiva, as dominicanas pareciam nervosas. Erravam passes tranquilos e abriam espaço para que o Brasil disparasse no placar. Em mais uma pancada de Tandara, 8/4 na primeira parada técnica. Quando não dava certo, era na vontade. No melhor rali do jogo, as brasileiras evitaram o ponto rival por três vezes, com direito a uma defesa espetacular de Suelen, caída no chão, até o bloqueio certeiro de Garay.

As dominicanas lutavam, é verdade. À beira da quadra, Kwiek tentava acertar o time. Com o placar em 20/12 para as brasileiras, parou a partida mais uma vez. As caribenhas melhoraram, principalmente com Peña, jogadora do Rio de Janeiro, e diminuíram a diferença (21/16). Zé Roberto, então, pediu tempo pela primeira vez. Foi a senha para que o Brasil acelerasse o fim do set: 25/20, em ataque de Tandara.

Na tentativa de se manter no jogo, a República Dominicana tentou ser mais agressiva. Na volta à quadra, tomou a vantagem desde o início e abriu 10/8 no placar. O jogo já não era tão simples assim para as brasileiras. Zé, então, chamou Adenízia, que levou a seleção ao empate em belo bloqueio: 15/15. A central deu mais energia à seleção e, pouco depois, a colocou na dianteira no placar com um novo bloqueio.

O Brasil, por um momento, engrenou. Marcou cinco pontos seguidos e obrigou o pedido de tempo de Kwiek. As dominicanas voltaram a ameaçar e chegaram ao empatem em 21/21. A reação, porém, parou por ali. Gabi levou a equipe ao set point, e Rosamaria, em bloqueio, fechou o jogo: 25/22.

Brasil festeja ponto contra as dominicanas — Foto: Divulgação/FIVB