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segunda-feira, 15 de setembro, 2025
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Campanha acende Sinal Vermelho contra violência doméstica durante quarentena do coronavírus

Vítimas de violência doméstica poderão fazer denúncia em farmácias

11/06/2020 12h36
Por: Redação

A campanha Sinal Vermelho iniciada ontem (10), inclui farmácias e drogarias de todo o país na rede de combate contra a violência doméstica. Farmácias e Drogarias estão orientadas a auxiliar mulheres que se apresentarem com um sinal vermelho em forma de “x”, desenhado em batom na palma da mão.

A campanha é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), parceria com o Tribunal de Justiça de MS, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, e outros órgãos públicos e privados.

A juíza Helena Alice Machado Coelho, que responde pela Coordenadoria da Mulher do TJMS, ressalta que é preciso ajudar essas mulheres que ficam confinadas em suas casas com seus agressores, a mercê de toda forma de violência.

“Por questão de solidariedade, de responsabilidade social, não podemos abandonar essas mulheres. Elas precisam saber que não estão sozinhas e essa campanha em parceria com farmácias e drogarias nos ajudará a proporcionar ainda mais oportunidades de quebrar o ciclo de violência”, disse Helena Alice, que agradeceu o apoio da administração do TJMS nas ações da Coordenadoria da Mulher.

Pela campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica basta mostrar um X vermelho na palma da mão para que o atendente ou o farmacêutico entenda tratar-se de uma denúncia e em seguida acione a polícia e encaminhe o acolhimento da vítima.

A ação é voltada para as mulheres que têm dificuldade para prestar queixa de abusos, seja por vergonha ou por medo. “A vítima, muitas vezes, não consegue denunciar as agressões porque está sob constante vigilância. Por isso, é preciso agir com urgência”, disse a presidente da AMB, Renata Gil, de acordo com o material da campanha.

Cerca de 10 mil farmácias de todo o país, filiadas a duas associações do setor, são parceiras na iniciativa. Segundo o material da campanha, atendentes e farmacêuticos seguirão protocolos preestabelecidos para lidar com a situação e não necessariamente serão chamados a testemunhar nos casos.

Entre março e abril deste ano, já em meio à pandemia do novo coronavírus, os casos de feminicídio cresceram 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com um levantamento feito em 12 estados e divulgado na semana passada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

No mesmo levantamento, o FBSP apontou queda na abertura de boletins de ocorrência ligados à violência doméstica. Para a entidade, os dados do levantamento demonstram que, ao mesmo tempo em que estão mais vulneráveis durante a crise sanitária, as mulheres têm tido mais dificuldade para formalizar queixa contra os agressores.

 Violência contra Mulher

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