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sábado, 18 de maio, 2024
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Campo Grande amanhece sem ônibus nesta quarta-feira

COm a decisão da Justiça do Trabalho manteve como legal a greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores Coletivos Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), a quarta-feira (18), em Campo Grande, amanheceu sem circulação dos ônibus do Consórcio Guaicurus.

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Nas primeiras horas da manhã de hoje, nenhum ônibus saiu das garagens das quatro empresas existentes na Capital. Em consequências os terminais estão vazio e alguns fechados para acesso aos usuários.

A decisão da paralisação do serviço ocorreu após funcionários do Consórcio Guaicurus não receberem vale quinzenal na segunda-feira (20), como era previsto, segundo informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo, Demétrio Ferreira. “As empresas vem passando por um momento complicado financeiro, os trabalhadores vem comunicando o sindicato com frequência, agora complicou porque é questão de salário, ontem [21 de junho] era para ser depositado o adiantamento da folha [de pagamento] e não fizeram. Por isso, tomamos a decisão de fechar a empresa hoje, caso não deposite o pagamento”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo informou ainda, que se não houver acordo hoje, haverá uma assembleia na sexta (20), que pode decidir por uma paralisação ainda maior. Na quinta-feira e sexta-feira, o serviço deve funcionar normalmente.  

Por dia, 120 mil pessoas utilizam o transporte coletivo na Capital.

Decisão judicial

De acordo com a decisão do juiz do Trabalho Christian Gonçalves Mendonça, assinada na tarde de ontem (17), O Consórcio ingressou com o pedido para que a paralisação fosse considerada ilegal, argumentando ser inaceitável o fechamento das garagens já que interfere na rotina e deslocamento dos demais trabalhadores pela cidade. 

Além disso, a empresa também requereu que fosse aplicada multa diária de R$ 100 mil pelo descumprimento da decisão, se esta fosse favorável ao Consórcio. 

Por outro lado, o juiz entendeu que a categoria já tentou por diversas vezes negociar, sem sucesso, a construção de uma Convenção Coletiva do Trabalho válida para os anos de 2022 e 2023.

O juiz ainda afirmou que o Consórcio não anexou ao pedido provas de que a paralisação possa causar prejuízos à empresa ou à frota de ônibus, sendo que Mendonça ainda afirma que em paralisações anteriores não também não foi registrado qualquer dano ao Consórcio.

Por fim, o juiz ainda aponta que, caso a greve tenha desdobramentos que tragam prejuízos aos bens da empresa, o plantão judiciário poderá ser acionado a qualquer momento. 

Reajuste da tarifa

Em nota divulgada pela prefeitura da Capital, informou que as tratativas em relação ao reajuste da tarifa de ônibus para 2023 estão em andamento, o próximo passo será a discussão no dia 24 de janeiro com o Conselho de Regulação.

O Conselho é formado por membros da sociedade civil e órgãos da administração pública, com quórum mínimo de 10 de membros (CREA, OAB, SEMADUR, PLANURB, Conselho das Regiões Urbanas, AVICG, ASCCON, UMAM, CAU, Águas Guariroba, CTRCG, Solurb e Consórcio Guaicurus), para discussão e análise de dados para revelar a tarifa que será entregue em relatório para avaliação do poder executivo.

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