O PDT confirmou nesta sexta-feira (21), durante convenção, a pré-candidatura do ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes à Presidência da República, na sede do partido em Brasília (DF).
No início da convenção, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, afirmou que a pré-candidatura de Ciro Gomes ao Planalto foi aprovada por unanimidade entre os partidários. “Acabamos de aprovar a pré-candidatura de Ciro Gomes, por unanimidade, por aclamação”, anunciou o presidente. O lema da campanha, divulgado nesta sexta, será “a rebeldia da esperança”.
No primeiro pronunciamento como pré-candidato, que durou cerca de uma hora, Ciro deu o tom que pautará sua campanha. Afirmando ser uma alternativa eleitoral ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o pedetista afirmou que os dois “impuseram um tipo de governança que tem um conchavo, a fisiologia e a corrupção como eixos”.
O principal tema da fala de Ciro foi a economia. Ele teceu críticas à política econômica adotada pelos chefes de Estado brasileiros. “Os presidentes, apesar de diferentes em muitas coisas, foram iguaizinhos em economia, e o modelo econômico que copiaram uns dos outros nos trouxe a esse beco sem saída”, disse.
Sobre seu plano econômico, o presidenciável destacou que irá manter o equilíbrio fiscal, mas “sem sacrificar os mais pobres” e “não para agradar banqueiros especuladores”.
Ciro foi claro ao afirmar que pretende revogar o teto de gastos, que classificou como a “maior fraude já cometida contra o povo brasileiro”. O pedetista disse que a medida, implementada pelo ex-presidente Michel Temer, “aprisiona o investimento público em uma camisa de força” e “só controla os investimentos que beneficiam o povo”.
Ao se declarar o candidato que mais fala de macroeconomia, ele também reforçou que irá taxar grandes fortunas. “Reafirmo aqui em alto bom som: eu taxarei, sim, as grandes fortunas, cobrarei impostos sobre lucros e dividendos e modificarei sim a estrutura tributária”, afirmou.
Sem dar muitos detalhes, disse ainda que vai mudar a “política de preços e de gestão da Petrobras”.
Ainda no campo econômico, o pré-candidato afirmou que, caso seja eleito, lançará um plano emergencial de pleno emprego para abrir 5 milhões de vagas nos primeiros dois anos de governo. O pedetista criticou a política de desoneração de impostos do governo Bolsonaro e disse que irá “desonerar compensatoriamente a produção de forma seletiva e bem planejada acabando com o festival de desonerações sem controle e sem retorno”.
*com informações CNN Brasil