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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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Com a pandemia, brasileiros mudam hábitos de higiene

Especialista dá dicas para higienizar a casa

Desde o início da pandemia de Covid-19, muitas mudanças aconteceram em todo o mundo. Uma delas, talvez a principal, diz respeito aos hábitos de higiene das pessoas, ação essencial para prevenir a contaminação pelo Coronavírus. Com uma nova rotina de cuidados, diferentes hábitos surgiram. No Brasil, essa transformação pode ser constatada na pesquisa realizada pelo Instituto QualiBest, que revelou que 7 em cada dez pessoas (66%) modificaram suas práticas de higiene pessoal desde os primeiros casos de confirmação da doença. 

No estudo, destacou-se a preferência das pessoas pelo uso do álcool em gel em detrimento da água e sabão, por exemplo. Outro ponto evidenciado pela pesquisa diz respeito aos cuidados com alimentação: pelo menos 47% da população declarou que adotou medidas adicionais de prevenção, tais como, comer mais frutas e verduras (52%) e ingerir vitamina C (44%). “Apesar dessas medidas terem sua função na manutenção da saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que a melhor forma de prevenção é respeitar as regras de higiene e isolamento, no caso de manifestação dos sintomas”, afirma a professora dos cursos de Farmácia e Biomedicina da Uniderp, Larissa Zatorre Almeida Lugo. 

Dentre mais mudanças observadas na pesquisa estão a utilização do álcool-gel, citado por 86% dos participantes; sabonete líquido, que passou a ser adotado por 48% dos entrevistados. “A casa é um dos lugares que receberam mais atenção com a limpeza. Nesse período, as pessoas passaram a ter mais cuidado com o asseio, aumentando a frequência da limpeza e adotando mais produtos na higienização desses locais, que, inclusive, foi onde passamos mais tempo durante a pandemia”, destaca Larissa. 

A pesquisa apontou que 60% dos entrevistados confirmaram o aumento da quantidade de produtos usados para higienizar a casa. Nessa adoção de novos hábitos, o álcool saiu na frente de preferência com 34% comprando mais álcool em gel e 25%, a versão líquida. A água sanitária também foi citada por 33% das pessoas consultadas, e o desinfetante, por 29%. 

A respeito da limpeza adequada dos ambientes, a professora Larissa lista algumas dicas: 

– Pano de chão: “Se não for limpo corretamente, ficar úmido por muito tempo e não for utilizado produtos bactericidas pode favorecer o crescimento de fungos ou outros patógenos que auxiliam na proliferação das doenças. Deve-se mantê-lo limpo, lembrando que ele não deve ser lavado junto com as roupas, tolhas e lençol na máquina de lavar”, diz a professora. 

– Contaminação: “O material utilizado, desde o pano de chão até a bucha de limpeza dos banheiros, não deve ser misturado com os outros por risco de contaminação. Além do banheiro, a cozinha também é um ambiente que deve ser separado principalmente pelo risco de contaminação dos alimentos. Então, sempre que terminar a limpeza da casa, troque a água do balde, se possível lave a cozinha, usando outro pano de chão e produtos recomendados para esse ambiente”. A especialista ainda alerta para o uso de alguns produtos com poder bactericida maior e que não devem ser utilizados na cozinha pelo risco de ingestão acidental. 

– Medidas de higiene na casa: “Utilizar produtos recomendados para os ambientes, panos separados, varrer a casa diariamente, ter uma frequência de limpeza para que não acumule ácaro e outros pequenos animais. A limpeza do local em que moramos influencia na nossa saúde, caso não haja condição financeira para comprar os produtos, um simples balde com água, sabão e um hipoclorito já auxilia na limpeza”, destaca a farmacêutica.  

– Evite contaminação na casa: “Uma dica bem legal que muitos brasileiros já utilizam é retirar os sapatos antes de entrar em casa, tomar banho ao chegar para retirar a sujeira da rua, limpar com bastante frequência a residência e o cuidado com os alimentos com a limpeza antes de armazenar na geladeira”, conclui a especialista. 

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