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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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Efeito Pandemia: Dourados vive desabastecimento em diversos setores da economia

Expectativa de grande parte dos comerciantes é que a economia seja reestabelecida com a vacinação

O fato foi conferido in loco pelo EnfoqueMS, que esteve em diversos estabelecimentos que comercializam matéria prima para a construção civil e para o setor automotivo, por exemplo. O efeito Pandemia chegou também aos produtos industrializados para alimentação. Nestes e em outros setores faltam produtos e, quando existem nas prateleiras, estão com os preços majorados até três vezes acima dos praticados quando começou a Pandemia, em março de 2020, como é o caso do arroz.
Em um estabelecimento que comercializa componentes automotivos, o proprietário citou o caso dos amortecedores. “Liguei para a Cofap, mas eles dizem até até tem o produto, mas não tem a embalagem para enviar”, relatou o comerciante. Na construção civil, algo inimaginável até certo tempo atrás: o limite de unidades por cliente, sobretudo em materiais como o cimento e o aço, cujos preços estão nas alturas e são fundamentais nos canteiros de obras, prática já adotada também em superpercados. Pneus para rodas aro 13 e 14, os mais utilizados nos automóveis nacionais, só são achados após uma procura em diversos estabelecimentos.
Conforme tem mostrado diversas reportagens e estudos de economistas, essa crise de desabastecimento decorre do país ter sido pego de surpresa. A situação é mais ou menos comparada, guardadas as proporções, ao Plano Collor. A Pandemia chegou em um momento em que as empresas estava com estoque reduzido. Com a crise batendo em suas portas, todos os países mudaram suas regras de importação e exportação, priorizando seus mercados internos. Extremamente dependente da importação de diversos produtos e exportador de matéria prima para diversos países, a crise de desabastecimento já sentida em Dourados decorre também de outro fator: grande parte da produção que falta aqui tem sido exportada, já que os preços do mercado internacional são bem mais convidativos.
A expectativa de todos os comerciantes ouvidos pelo EnfoqueMS é de que com a vacinação (que todos defendem seja acelerada) que vem acontecendo em todos os países a economia volte ao patamar pré-pandemia, embora tenham claro que ainda vai levar um tempo para que haja uma baixa nos preços que possibilite a reposição dos estoques e o fim do desabastecimento.

Crédito: Rozembergue MarqueS

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