Alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, familiares e professores participaram de um encontro virtual, com debates e apresentações culturais, no último sábado, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
O encontro relembrou a introdução dos negros na sociedade brasileira e a escravidão no país. A coordenadora pedagógica da escola, Graciete Aparecida de Barros Geraldo, destacou o envolvimento dos alunos e professores para a realização do evento, e falou da importância de discutir esse tema no ambiente escolar. “O Encontro Cultural Negritude teve o objetivo de conscientizar a comunidade escolar sobre a importância das questões raciais, levando-os a reconhecer e valorizar a cultura e a luta de pessoas que não se calaram e levantaram a cabeça contra o racismo”, reforçou Graciete.
Entre as atividades desenvolvidas, os alunos do 4º ano apresentaram um jogral com a leitura do poema “ O Pequeno Príncipe Preto”, já os alunos do 5º ano trabalharam desenhos e edição de vídeos, com base na interpretação do livro “ A cor de Coraline”. Alunos do 7 ° ano realizaram leituras, seminários sobre a história de personalidades negras e produziram um vídeo que foi apresentado para toda a escola.
Já os estudantes do Novo Ensino Médio realizaram diversas apresentações como: declamação de poesia, pintura de telas e paródias. E um “Café Filosófico” com a turma do 3º ano do Ensino Médio, sobre o uso da expressão “Raça Negra”.
O estudante do 7º ano, Gustavo Garcia Dias Souto Salles, contou que já sofreu bullying por conta do cabelo e destacou que a discussão aumenta a consciência entre os estudantes, para combater esse tipo de comportamento. “A gente já está com a consciência maior de não para praticar racismo, saí da aula com outros pensamentos diferentes do que acreditava. Mas eu ainda espero que futuramente nem precise do Dia da Consciência Negra, consciência vai ser todos os dias”, completou.
A mãe de uma aluna do 9 º ano, Patricia Pimentel de Mato Laviso, falou da importância da participação dos pais no evento. “Esse tipo de iniciativa é maravilhoso, pois assim os alunos juntamente com seus familiares têm contato mesmo que a distância com vários tipos de cultura”, destacou Patricia.
O evento também contou com diversas rodas de conversa sobre: escravidão, sobrenomes ancestrais, racismo no país e no mundo e a cultura negra com uso de turbantes e tranças nagô. E com a apresentação do Grupo de Capoeira Atleta de Cristo, de Aparecida do Taboado.
A professora de física, Helena Aparecida Guimarães de Araújo, afirmou que o encontro proporcionou discussões importantes entre professores e estudantes “Participar de um evento tão complexo e bem estruturado com discussões e apresentações cheias de histórias, memórias e conteúdo fazem valer meu dia! São ações como essas que fomentam nosso amadurecimento e conhecimento a respeito de temas tão delicados e negligenciados, como o racismo”, finalizou Helena.
