Chamada de “Fia” o animal está longe da fama de arisca e birrenta.
20/12/2019 14h57
Por: Alan Diógenes
Uma coruja adotou a varanda de uma casa, localizada na Rua da Reserva Ambiental, no Bairro Água Limpa Parque, em Campo Grande, como moradia e acabou se tornando o “xodó” da família. Chamada de “Fia” o animal está longe da fama de arisca e birrenta.
O proprietário da residência, o advogado Edmar Soares da Silva, disse ao site EnfoqueMS, que a coruja sempre se achega no começo de novembro e lá por dezembro está indo, mas o retorno sempre é garantido. Este ano ela chegou mais cedo, em outubro, e a expectativa é que ela fique por mais tempo.
“Ela passeia, pousa em cima da geladeira, e quando eu ligo o rádio, aí que ela gosta. Fica em cima do aparelho até a música acabar. Quando entro no escritório a trabalho, ela fica em cima do banco me olhando”, comenta Edmar.O advogado não dá nem um tipo de alimento para o animal porque desconhece se é permitido a alimentação.
“É uma alegria ter ela aqui com a gente. Quando recebo amigos, a primeira coisa que perguntam é da coruja. Ela não liga para barulho e fica a 2 metros das pessoas. É uma felicidade ter uma ave arisca assim, que a gente jamais imaginava isso, aqui dentro de casa. Acho que a energia da casa a atraiu”, conta o advogado.
O tenente coronel da PMA – Polícia Militar Ambiental, Queiroz, explicou a mudança de comportamento da ave da espécie Buraqueira. “Não é comum. Principalmente ela estando sozinha. Pode ser que ainda filhote ela tenha se perdido dos pais e ficou por aí. Claro que é preciso um estudo sobre os animais dessa área para fazer um diagnóstico exato. Se fosse um casal, ela sairia mais vezes para se reproduzir, criar sua própria casa e seguir o rumo. Neste caso acredito que ela não tenha encontrado o par ainda”, salienta.
Mas, parece que a “Fia” anda de “namorico” por aí. O Edmar a observou se comunicando com outro animal da espécie. “Esses dias uma coruja ficou no telhado do vizinho e eu vi quando ela ficou agitada e ambos fizeram um tipo de comunicação”, destacou.
Para a família de Edmar tudo bem se isso acontecer. “Seja o que for, ela sempre será a alegria da casa. Muito bom acordar cedo, quando levantamos e vemos ela por aqui, na varanda. Como se diz, dando sopa. Que as pessoas tenham uma experiência como essa e aprendam a respeitar mais os animais”, finalizou.
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