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sábado, 27 de abril, 2024
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Felizes para sempre? MS tem a 2ª maior taxa de divórcio do Brasil

Cada vez mais a icônica frase ‘sejam felizes para sempre’ deixa de ser colocada em prática pelos casais. No tempo presente, a duração média de um casamento é de 11,6 anos em Mato Grosso do Sul.

O estado, aliás, ficou na segunda colocação nacional no quesito de número de divórcios, conforme dados divulgados nessa quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Estatísticas do Registro Civil.

O levantamento usa registros de 2022, quando 7.678 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais foram contabilizados em Mato Grosso do Sul. Houve aumento de 42,6% em relação ao ano anterior, quando 5.385 divórcios ocorreram.

O número de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais anos passou de 2,67% (2021) para 3,88% (2022), sendo o estado o segundo maior do País, atrás somente do Distrito Federal, com 4,05‰. A menor taxa ficou com Roraima, de 0,49‰.

Ainda conforme os dados da pesquisa, em 2010 o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio era de 17,1 anos no estado, já em 2022 os casamentos passaram a ter uma média de duração de 11,6 anos, sendo esse o terceiro menor tempo entre as Unidades da Federação. No Brasil, esse tempo médio, em 2022, foi de 16 anos.

Cenário nacional

Em todo o País foram contabilizados 420 mil divórcios no ano passado, 8,6% a mais do que em 2021 (386,8 mil). Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas (44 anos) que as mulheres (41).

Os divórcios judiciais concedidos em primeira instância responderam por 81,1% dos divórcios do país em 2022. A maior proporção desse tipo de dissolução do casamento, em 2022, ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos com menos de 18 anos (47%).

Desde 2014, por conta de mudanças na legislação, a guarda compartilhada tem crescido como opção para a responsabilidade dos pais divorciados em relação aos filhos menores de idade. Em 2014, essa alternativa respondia por apenas 7,5% dos casos. Em 2022, passou para 37,8% do total.

As mulheres continuam sendo as principais responsáveis pela guarda dos filhos menores, mas em proporção cada vez menor. Eram 85,1% em 2014 e passaram a ser 50,3%. Os homens como responsáveis dos filhos no pós-divórcio eram 5,5% em 2014, percentual que caiu para 3,3% em 2022.

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