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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Google faz homenagem a Anne Frank, vítima do Holocaustoo

Doodle traz apresentação com trechos reais do diário, que descreve o que a garota e seus familiares viveram na 2ª Guerra 

Neste sábado (25), a plataforma do Google mostra em sua página principal uma homenagem a Anne Frank, por causa do 75º aniversário de publicação de seu diário, chamado O Diário de Anne Frank.

Escritos pela judia alemã-holandesa quando ela ainda tinha 13 anos, os relatos pessoais da jovem sobre o Holocausto e eventos relacionados à guerra são até hoje um dos mais lidos e mais comoventes sobre o assunto.  Ela morreu no campo de concentração Bergen-Belsen.

A ação do Google traz slides com trechos do livro, mostrando alguns relatos da menina durante o triste período histórico. Além de falar de si e da sua família, Anne também trouxe outra perspectiva dos acontecimentos da guerra, sobretudo de quem era perseguido pelo Nazismo, e ajudou a destacar as atrocidades feitas por Hitler

Antes de passar os slides, a arte do Google avisa: o conteúdo traz trechos que falam sobre o Holocausto e podem ser sensíveis para algumas pessoas.

A apresentação animada conta com ilustrações da diretora de arte do departamento Doodle, Thoka Maer.

Ilustrações foram feitas por artista alemã do Google
Ilustrações foram feitas por artista alemã do Google (Foto: Reprodução/Google)

A artista alemã diz que, por causa do histórico de seu país em relação ao que é narrado no diário, há um profundo senso de responsabilidade e constante consciência do passado e um esforço ativo para preservar a memória, para ajudar a evitar que algo assim aconteça novamente. “Me sinto incrivelmente privilegiada e honrada por contribuir”, disse a ilustradora em entrevista ao Google. 

A diretora de arte disse também que, com o passar dos anos, é fácil se desassociar desses eventos passados, porém trabalhos como o Doodle podem ajudar a reverter isso, especialmente para uma geração mais jovem que está aprendendo sobre essa parte da história pela primeira vez. “Manter histórias como a de Anne vivas ​​é sempre relevante.” 

A vida de Anne

Anne Frank nasceu no dia 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, mas sua família logo se mudou para Amsterdã, na Holanda, para escapar da crescente discriminação e violência enfrentadas por milhões de pessoas nas mãos do partido nazista.

A Segunda Guerra Mundial começou quando Anne tinha 10 anos e, logo depois, a Alemanha invadiu a Holanda, trazendo a guerra para a vida da garota. O povo judeu foi o principal alvo do regime nazista, sofrendo prisões, execuções ou realocações forçadas para campos de concentração.

Incapazes de viver e praticar a própria religião livremente e com segurança, milhões de judeus foram forçados a fugir de suas casas ou se esconder. Na primavera de 1942, a família de Anne fez exatamente isso, escondendo-se em um anexo secreto no prédio de escritórios de seu pai para evitar a perseguição.

A família Frank, como milhões de outras, foi forçada a deixar quase tudo para trás em busca de proteção. Entre os poucos pertences de Anne estava um caderno quadriculado de capa dura. Logo se tornou seu veículo para mudar o mundo para sempre. Nos 25 meses seguintes, na clandestinidade, ela encheu as páginas com relatos sinceros da vida da adolescente no “anexo secreto”. Desde pequenos detalhes até seus sonhos e medos mais profundos foram anotados.

Em agosto de 1944, a família Frank foi descoberta pelo Serviço Secreto Nazista, presa e levada para um centro de detenção onde todos fizeram trabalhos forçados. Eles foram então deportados à força para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde viveram em condições precárias e anti-higiênicas.

Alguns meses depois, Anne e Margot Frank, sua irmã mais nova, foram transportadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha.

Logo em seguida, Anne e Margot sucumbiram às condições desumanas em que foram forçadas a viver. Anne Frank tinha 15 anos quando morreu.

Traduzido para mais de 80 idiomas, O Diário de Anne Frank é recorrente nas salas de aula até hoje e utilizado como uma ferramenta para educar gerações de crianças sobre o Holocausto e os terríveis perigos da discriminação e da tirania.

*com informações R7

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