Indígenas que residem na aldeia Limão Verde, em Amambai, foram ao Ministério Público Federal (MPF), em Ponta Porã, para denunciar a atual liderança por supostas torturas e ameaças a quem faça ‘oposição’ ao atual líder.
De acordo com relatos de moradores, as situações de violência teriam começado no ano passado, quando a nova liderança indígena foi eleita. De lá para cá, os 3 mil índios que vivem na Limão Verde passaram a viver num clima de ‘tensão’., segundo site Ponta Porã News.
“Ontem nós fizemos uma reunião com o Ministério Público para tratar sobre essas situações. Num ano de pandemia, começaram a acontecer vários casos de violência, torturas, ameaças, homicídios, e diante disso, a aldeia se revoltou e agora pede uma nova eleição, para que outro líder indígena seja eleito”, explicou um dos moradores da aldeia.
Além do MPF, autoridades de Ponta Porã, e a Fundação Nacional do Índio (Funai) participaram da reunião realizada nessa segunda-feira. Em 2020, quando tiveram início os relatos de torturas, foi realizada uma reunião com as lideranças da Limão Verde, juntamente com a Polícia Federal, para que os casos de violências cessassem.
No último dia 12 de janeiro, uma mulher de 29 anos procurou a delegacia de Polícia Civil de Amambai, após ter sido espancada por cinco pessoas e ser apontada como ‘bruxa’. Aos agentes, a vítima relatou que estava em casa, quando foi surpreendida pelo bando, formado por cinco mulheres e dois homens. Eles teriam chegado armados com martelo, facão e pedaço de madeira. Depois do registro do boletim de ocorrência, os autores afirmaram que a vítima fazia bruxaria.