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sábado, 21 de junho, 2025
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“Míssil? Meteoro? Não! Fenômeno luminoso em Campo Grande pode ser lixo espacial”

O céu de Campo Grande virou atração na noite desta sexta-feira (20), por volta das 20h, quando um fenômeno luminoso cruzou a atmosfera e foi registrado por moradores em diferentes pontos da cidade e também em municípios vizinhos como Terenos, Corumbá, Coxim, Maracaju, Rio Verde e Aquidauana.

Enquanto alguns brincavam nas redes sociais dizendo se tratar de um “míssil aleatório” ou até de um meteoro, especialistas apontam para uma explicação mais provável: lixo espacial.

Segundo o professor Hamilton Perez, físico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), as imagens feitas por moradores mostram características típicas da reentrada de detritos espaciais na atmosfera terrestre. “Essas imagens são bem características de detritos de lixo espacial. Se você olhar a trajetória que ele faz, percorrendo o céu de fora a fora, é bem característico de queda de detritos espaciais”, explicou.

De acordo com o professor, o fenômeno não oferece riscos à população. “Normalmente esses dejetos queimam ao entrar na atmosfera e acabam caindo no mar ou se fragmentando completamente antes de alcançar o solo”, disse.

Veja vídeo do fenômeno publicado nas redes sociais:

O que é lixo espacial?

Lixo espacial é o termo usado para definir objetos feitos pelo homem que orbitam a Terra, mas que já perderam sua utilidade. Isso inclui satélites desativados, pedaços de foguetes, fragmentos de colisões e até ferramentas deixadas por astronautas durante missões espaciais.

Embora a maior parte desse material se desintegre ao reentrar na atmosfera, o lixo espacial representa um risco para satélites em funcionamento e para estruturas como a Estação Espacial Internacional (ISS), devido à possibilidade de colisões.

Mesmo assim, eventos como o registrado nesta sexta-feira seguem sendo mais uma curiosidade do que motivo de preocupação. Quem presenciou a cena em Campo Grande e nas demais cidades do interior sul-mato-grossense teve a chance de acompanhar um raro espetáculo celeste, que segue alimentando debates e postagens nas redes sociais.

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