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sexta-feira, 19 de abril, 2024
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Operação Aqueus apresenta alguns resultados com vários presos e PMs possíveis membros da quadrilha

A Operação Aqueus, da Polícia Federal, como noticiada ontem pelo Enfoque MS, nesta quarta-feira (15), apresentou alguns resultados da ação pratica ante investigação que ocorrem desde março de 2020. Entre as revelações, há que PMs (policiais militares), podem ser membros da quadrilha do comércio e trafico de drogas, que já lucrou ou movimentou, ao menos, 155 milhões em pouco mais de um ano. Nesta terça-feira (14), cumprindo mandados, a PF chegou a policiais militares de Ponta Porã, que tiveram bens apreendidos e um homem foi preso em flagrante em Campo Grande, na Chácara das Mansões. Veja abaixo, mais resultados da ‘Aqueus’, entre prisões e apreensões com quatro PMs..

Conforme com o que já havia sido divulgado pela PF, a quadrilha é liderada por uma dupla moradora de Três Lagoas, e eles ou grupo, alvo da operação ontem, chegou a movimentar mais de R$ 155 milhões em 14 meses. Hoje, saiu informações que são apontados como líderes da organização criminosa a dupla Três-lagoense, o ‘Gordinho’, que deu nome à operação e já tem várias passagens pela polícia, e, um outro homem também do município na região Leste de MS, na divisa com estado de Sâo Paulo.

Segundo a PF, os dois Três-lagoenses, como chefes do crime, receberiam os lucros através de entregas feitas por veículos em dinheiro vivo, além de contas bancárias de familiares participantes do esquema de drogas. As investigações estão sendo feitas desde 2020, período em que foram identificadas as ações criminosas do grupo que comprava as drogas em Ponta Porã, fronteira com Paraguai, e posteriormente encaminhava para Campo Grande, onde ficava armazenada, como em um depósito de Três Lagoas. Após, a droga era distribuída para municípios de MS, Minas Gerais e litoral de São Paulo.

A PF ressaltou, ainda ontem, veja em nossa matéria , que as investigações já contribuíram para a prisão de oito pessoas em flagrante e apreensões de mais de meia tonelada de drogas. E também a identificação de carregamentos pertencentes a outros suspeitos. Bem como, entre 2020 e 2021, período de investigações, os criminosos chegaram a movimentar mais de R$ 155 milhões, além de transportarem toneladas de droga.

Mais resultados obtidos na Operação Aqueus

Conforme as investigações, em Campo Grande o grupo mantinha uma chácara, Chácara das Mansões, na região sul da Capital, BR 163 saída para São Paulo, onde funcionava um depósito de drogas. No local, um homem foi preso em flagrante com duas armas de fogo, um revólver e uma carabina. A droga vinha de Ponta Porã, era deixada na chácara e depois transportada para Três Lagoas.

Já na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã, ao menos quatro policiais militares foram alvos de mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas casas e também no batalhão e apreenderam documentos e celulares.  

Alguns dos integrantes da organização foram identificados como membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). O grupo usava empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, bem como compra de imóveis, fazenda e propriedades. Familiares dos criminosos foram usados neste período como ‘laranjas’, na tentativa de ocultar os bens.

Investigações e outras ações anteriores

Segundo a PF, a droga que vinha da fronteira para Campo Grande e posteriormente Três Lagoas, era redistribuída para o litoral paulista, Grande São Paulo e interior de Minas Gerais. O núcleo especializado na lavagem de dinheiro chegou a movimentar mais de R$ 155 milhões em apenas 14 meses.

O dinheiro em espécie era transportado em veículos e também eram feitas movimentações nas contas de parentes próximos dos criminosos, que integravam a quadrilha. Para ocultar os bens, eles investiam em imóveis registrados no nome de laranjas. Entre 2020 e 2021, os líderes receberam mais de R$ 3,5 milhões nas contas desses laranjas.

A PF acredita que o lucro tenha sido ainda maior. Durante as investigações, 8 pessoas foram presas em flagrante. Nesta terça-feira, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão preventiva, 7 de prisões temporárias, além do sequestro de 13 imóveis e o bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas.

Entre os imóveis sequestrados estão uma fazenda em Água Clara e uma casa de veraneio a beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões. Os mandados foram cumpridos em Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande, Ponta Porã, Ribeirão Preto (SP), Guatapará (SP), Aparecida (SP), Guaratinguetá (SP), Potim (SP), Paulínia (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Guarujá (SP), José Bonifácio (SP), São Paulo (SP), Douradina (PR), Sarandi (PR), Maringá (PR), Maria Helena (PR), Colombo (PR), Laranjeiras do Sul (PR) e Baependi (MG).

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