Parto humanizado: quando a mãe é protagonista

858

30/05/2020 19h58
Por: Redação

O parto humanizado proporciona que as mães sejam, efetivamente, as protagonistas do próprio parto. A criança nasce em um ambiente calmo e é rapidamente colocada junto à mãe. Além de fortalecer o laço entre a mãe e o bebê, estimula a amamentação e garante mais saúde ao recém-nascido.

O Ministério da Saúde recomenda que esse tipo de parto seja priorizado em maternidades e hospitais de todo o país, garantindo uma atenção materno-infantil qualificada, humanizada e segura. Contato pele a pele, clampeamento tardio, aromaterapia, banho na água morna, parto na penumbra e bola suíça, são algumas das técnicas utilizadas no hospital.

De acordo com a enfermeira obstétrica Patrícia Nunes, da Maternidade Cândido Mariano em Campo Grande, no novo modelo de cuidados ao nascimento, a mulher é a protagonista do parto humanizado. “Hoje, nós sabemos que não é o médico ou o enfermeiro que realiza o nascimento e sim a paciente junto com o bebê. Tudo acontece no momento, no tempo, na hora certa e sem pressão desnecessária. Então, o que fazemos é dar amparo se tiver necessidade. Estamos aqui para nortear, para participar e estar junto nesse momento tão importante da vida dela, tratando como se fosse única, com amor, carinho, dedicação, respeito. Isso é humanização”, explica.

Segundo a profissional, as práticas de humanização são formas de garantir que todas as etapas do nascimento sejam executadas de maneira correta, além de assegurar que os desejos da gestante sejam respeitados. “As mães relatam que as atividades geram uma experiência positiva e por isso conseguem conduzir o nascimento até o final. Às vezes, a grávida chega desesperada e quando começamos a fazer os cuidados seguindo as recomendações tudo fica mais suportável, incluindo a dor”, relata.

Práticas na Maternidade Cândido Mariano

Entre as técnicas aplicadas nas boas práticas e humanização estão a banqueta de parto, o banho na água morna, o clampeamento tardio, a aromaterapia, o parto na penumbra, a bola suíça e a massagem, que é ensinada ao acompanhante de escolha da paciente, para dar ajuda no suporte físico e emocional. “Respeitamos a vontade da gestante e ela escolhe até a posição de ganhar o bebê. Em todas as salas temos as banquetas que servem para ficar na posição de cócoras, só que mais confortável, para parir sentada. É uma acomodação que facilita e que gravidade ajuda”, afirma a enfermeira obstétrica.

“Já no contato pele a pele é que o recém-nascido recebe o calor da mãe, também sente o cheiro e ouve o batimento cardíaco. E em seguida se acalma. Neste momento acontece o retorno venoso, que vem através do cordão umbilical e ajuda a evitar algumas complicações. E quando ele parar de pulsar, o médico realiza o clampeamento. Se o bebe nasce bem e chorando não tem porque cortar o cordão imediatamente”, aponta Patrícia.

“No campo da aromaterapia, praticamos massagens com os óleos essenciais que proporcionam conforto na hora do trabalho de parto. Também realizamos vários outros métodos não farmacológicos para alívio da dor, como o banho de água morna no chuveiro”, finaliza a profissional que atua na sala de parto da Maternidade Cândido Mariano.

Parto humanizado: quando a mãe é protagonista