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quarta-feira, 24 de abril, 2024
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PC leva computadores e perícia salas da prefeitura da Capital em apuração sobre o Assédio sexual

O Enfoque MS noticiou mais cedo que PC cumpre mandado de busca e apreensão na Prefeitura da Capital e a ação na manhã desta terça-feira (9), resultou em apreensão de computadores e perícia de salas do Paço Municipal, em ação policial de continuidade as apurações sobre as denuncias de suposto assédio sexual contra o então prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, que agora é candidato ao Governo do Estado, nas eleições 2022. A Polícia Civil, através da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), foi quem cumpriu mandado judicial de busca e apreensão na sede da PMCG.

A delegada Maíra Pacheco, que comanda as investigações, após saída da ação, anunciou que dois CPUs de computadores foram apreendidos, além de documentos. Bem como, feita a perícia, que foi até a Prefeitura, por necessidade de averiguação e possível recolhimento ou não de ‘provas’ de atos realizados. “Já que pode ser possível local de crime -assédio sexual- o prédio tem que ser reconhecido, fotografado pelas autoridades policiais, como qualquer outro que tenha ocorrido um crime. E assim, o prédio deveria passar por perícia, não estamos fazendo nada novo”, ressaltou a delegada.

Maira fez um pequeno detalhamento mencionando as ações no prédio .”Os policiais foram até o 1º andar, onde fica o setor de finanças, e no 2º andar, onde está o gabinete ocupado pelo então prefeito. Foram apreendidos somente elementos que julgamos poder ser pertinentes à investigação”, disse a delegada sem mencionar material, pois reafirmou não poder dar mais detalhes, já que a investigação está em sigilo.

A ação, obviamente não poderia ser acompanhada por ninguém e precisava de ‘espaço’ para averiguação dos inestigadores. Assim, pelo menos 50 funcionários do município ficaram fora do prédio da Prefeitura em razão dos trabalhos feitos pela Polícia Civil, que impediu a entrada dos servidores.

PC leva computadores e perícia salas da prefeitura da Capital em apuração sobre o Assédio sexual
(Foto: Reprodução)

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O processo e denúncias de assédio sexual

A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar os casos no último dia 5 de julho, mas a ocorrência é de 2020. O inquérito policial trata dos crimes de estupro, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, assédio sexual, importunação sexual, perseguição, posse sexual mediante fraude e vias de fato.

Procurado pela reportagem, o ex-prefeito Marquinhos Trad não atendeu as ligações até a publicação deste texto. A assessoria de imprensa de Marquinhos também foi contatada pela reportagem, mas não houve retorno.

Após o primeiro registro feito por uma das vítimas, na Corregedoria da Polícia Civil, no mês passado, outras mulheres procuraram a Deam para fazer denúncias de assédio.

Em coletiva no dia 26 de julho, a delegada do caso, Maíra Pacheco, afirmou que a informação de suposto pagamento feito às mulheres para registrarem denúncias não consta no inquérito, mas conforme a delegada tudo seria investigado e caso seja provado que as mulheres tenham recebido dinheiro, elas podem responder por falso testemunho. O crime tem pena de 2 a 4 anos, além de multa.

“Mas, não diminui outras denúncias das outras vítimas que procuraram a delegacia”, disse Maíra Pacheco. Ainda segundo a delegada, sobre as denúncias de assédio sexual, em “crimes como esse, a única materialidade são os relatos das vítimas. Temos de ter respeito em um país patriarcal”.

Na época, a delegada ainda explicou que outras pessoas estavam sendo investigadas, mas não revelou por quais crimes e nem a quantidade de suspeitos. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.

Não existe ainda previsão de quando Marquinhos Trad deve ser ouvido.

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