Uma pesquisa do instituto AtlasIntel, realizada em parceria com a CNN Brasil e divulgada com no programa GPS CNN, revela uma percepção majoritariamente crítica da população em relação ao compromisso dos principais líderes do governo Lula com a responsabilidade fiscal. Para 43,9% dos entrevistados, nenhum dos nomes com influência sobre a política econômica demonstra preocupação com a saúde das contas públicas.
A sondagem consultou 945 pessoas entre os dias 3 e 5 de junho de 2025, utilizando a metodologia Atlas RDR (Real Time Data Recognition), com coleta de dados online. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Gráfico 1 — Percepção sobre preocupação com responsabilidade fiscal (% dos respondentes)
matlabCopiarEditarNenhum dos líderes ▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓ 43,9%
Luiz Inácio Lula da Silva ▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓ 35,0%
Fernando Haddad ▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓▓ 30,1%
Simone Tebet ▓▓▓▓ 11,7%
Não sabe ▓ 1,0%
Geraldo Alckmin ░ 0,4%
Rui Costa ░ 0,1%
Aloísio Mercadante ░ 0%
Gleisi Hoffmann ░ 0%
Lula lidera entre nomes citados, mas confiança ainda é limitada
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja o líder político mais lembrado entre os nomes indicados, com 35% das citações, a pesquisa revela que a confiança na preocupação fiscal do chefe do Executivo não alcança a maioria dos entrevistados.
Em seguida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, figura com 30,1%, reflexo da sua posição central nas discussões econômicas do governo, incluindo decisões sobre cortes orçamentários e metas fiscais. Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, foi apontada por 11,7%, consolidando-se como o quarto nome mais lembrado.
Outras figuras com papel relevante na gestão federal, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (0,4%) e o ministro Rui Costa (0,1%), tiveram desempenho quase nulo. Já Aloísio Mercadante e Gleisi Hoffmann não foram mencionados por nenhum dos entrevistados.
Ceticismo predomina entre eleitores
A pesquisa mostra um alto grau de ceticismo da população em relação ao compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. O fato de que quase metade dos entrevistados (43,9%) não enxergam esse compromisso em nenhum dos líderes citados indica uma percepção de desconexão entre a gestão federal e a preocupação com o equilíbrio das contas públicas.
Essa visão crítica pode estar relacionada a episódios recentes, como as tensões sobre metas fiscais, o contingenciamento de recursos do Orçamento, e os embates entre a ala política e a equipe econômica do governo.
Confira o resumo da pesquisa:
- Período de coleta: 3 a 5 de junho de 2025
- Amostra: 945 entrevistados
- Metodologia: Atlas RDR (online)
- Margem de erro: ±3 pontos percentuais
- Confiança: 95%
A pesquisa é mais um termômetro do desafio do governo em conciliar a agenda de investimento social com os compromissos de equilíbrio fiscal — especialmente em um contexto de incertezas econômicas e pressões políticas crescentes.