Quadrilha vendia “pacotes” para que estrangeiros entrassem no país sem passar pela fiscalização imigratória.
20/11/2018 08h21
Por: Redação
A Polícia Federal (PF) deflagou na manhã desta terça-feira (20), em Mato Grosso do Sul, a ‘Operação Caronte’ contra uma organização criminosa que agia permitindo a entrada irregular de estrangeiros no país, através de Corumbá, por meio do posto de controle migratório. Um policial federal, um servidor administrativo, um contratado da Polícia Federal e uma “empresa de turismo”, são alvos da operação.
Conforme informações da assessoria de imprensa PF, o objetivo da ação desta terça-feira é impedir a ação criminosa feita por “empresas de turismo” que vendiam uma espécie de “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar no país de forma ilegal, sem precisar passar pela fiscalização imigratória, além do transporte de Mato Grosso do Sul até São Paulo.
Além dos despachantes das “empresas de turismo”, o esquema contava com a participação de um policial federal, um servidor administrativo e um contratado da PF, que facilitavam a entrada irregular.
Os valores cobrados variavam por migrantes, sendo que, inclusive, estrangeiros com impedimento ou com multa vigente tinham seus registros adulterados, de forma a permitir a entrada no território nacional.
A Polícia Federal aponta que o modo de operação da quadrilha consistia no desvio de documentos de imigração (conhecidos como “tarjetas”), os quais eram entregues aos despachantes que vendiam no “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar irregularmente no país.
Após essa fase, os documentos eram inseridos nos sistemas de controle, burlando totalmente as regras estabelecidas, permitindo com que indivíduos ingressassem sem qualquer tipo de fiscalização. Migrantes com impedimentos ou multas tinham seus dados alterados para permitir o acesso ao território nacional.
A operação desta terça-feira
Conforme a PF, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, por cerca de 30 policiais federais.
A operação foi batizada de Caronte, pois esse personagem mitológico era um barqueiro que somente atravessava as pessoas para outro plano mediante o pagamento de uma moeda, em alusão à corrupção praticada para permitir acesso ao território nacional.




















