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terça-feira, 7 de maio, 2024
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PMA e Ibama prendem suspeito de caça durante operação contra o tráfico de animais silvestres

14/09/2019 13h35
Por: Redação

A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prendem um homem de 32 anos,suspeito de caça na posse de espingarda, durante operação conjunta de prevenção e combate ao tráfico de animais silvestres.

Durante um dos bloqueios ontem (13) à noite, no município de Novo Horizonte do Sul, equipes de das duas instituições prenderam um homem por porte ilegal de arma de fogo. Ele estava em uma motocicleta e, em sua cintura foi encontrada uma espingarda de caça, marca Rossi calibre 28 e mais quatro munições deflagradas e duas intactas do mesmo calibre, sem documentação e foram apreendidas.

O infrator, residente em Novo Horizonte do Sul, afirmou que fora buscar a arma que lhe pertence em um assentamento, porém, a desconfiança é de que ele praticaria caça ilegal na região.

Diante do delito, ele foi conduzido à delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, juntamente com o material apreendido, onde foi autuado por porte ilegal de arma. A pena para o crime é de dois a quatro anos de reclusão.

Operação Bocaiúva I

Segundo nota da PMA, todos os anos, no período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc.) são realizadas operações contra o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio.

Nesta primeira fase, a “Operação Bocaiúva I” envolve 43 policiais e fiscais e foi iniciada na última quinta-feira (12), no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem, os problemas à natureza e os custos econômicos, para cuidar dos animais até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.

A região principal do problema de tráfico de papagaio e que é monitorada é basicamente a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, porém, a operação está sendo realizada em todo o Estado, como em 2018, quando houve redução na retirada de filhotes de papagaios no Estado.

Nesta operação, com foco principal a evitar a retirada, ninhos estão sendo monitorados e fechadas as saídas do Estado com bloqueios, especialmente, nas saídas para o estado de São Paulo, que é o destino principal registrado dos filhotes de papagaios traficados em Mato Grosso do Sul.

Tráfico de animais silvestres

O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.

Como o que interessa ao comprador na espécie, é a capacidade que ela tem de aprender a imitar a voz humana, a retirada só é realizada enquanto filhote. Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado de Mato Grosso do Sul, pois é o período reprodutivo dos papagaios, que é o animal mais traficado no Estado.

Por isso, neste período, operações preventivas nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes são fundamentais. Também é importante a vigilância a traficantes presos em anos anteriores. Bloqueios são importantes também nas saídas do estado são, pois evitam que traficantes de fora e locais sintam-se tentados a praticar o crime.

PMA e Ibama prendem suspeito de caça durante operação contra o tráfico de animais silvestres

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