20.8 C
Campo Grande
terça-feira, 7 de maio, 2024
spot_img

Polícia prende padrasto e mãe por morte de criança de 2 anos na Capital

Padrasto e mãe, 25 e 24 anos, foram presos em flagrante, na noite de ontem (26), pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil acusados de espancar e matar a filha de apenas dois anos e sete meses de idade, em Campo Grande. A criança deu entrada, morta, na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Coronel Antonino.

De acordo boletim de ocorrência, a menina foi levada ao posto de saúde pela mãe com várias lesões pelo corpo, mais precisamente, nas costas, no braço, joelho, olho e também um inchaço ao ombro esquerdo, além de estar com abdômen inchado. As médicas plantonistas fizeram o atendimento e constataram que a criança já estava sem vida, inclusive com início de rigidez cadavérica, calculando que a morte poderia ter ocorrido a cerca de quatro horas antes.

Diante do caso, a polícia foi acionada, sendo informado ainda pelas médicas que estranharam a calma e tranquilidade da mãe, após receber a notícia do óbito da filha. “Apenas veio a demonstrar nervosismo, quando informada que seria acionada a polícia”, relatou uma das médicas.

Ainda de acordo com registro policial, a mãe negou em primeiro momento as agressões, mas depois mudou a versão passando a contar que trabalhava o dia todo e que seu marido, cadastro da criança, cuidava da menina e que ele dava tapas e socos para “corrigi-la”. Ao final, também, a mulher acabou confessando que batia na própria filha.

Em diligência, no endereço do casal, na Vila Nasser, o homem foi preso. Ele relatou que havia agredido fisicamente a menina há cerca de três dias atrás.

O pai da criança contou aos policiais que já havia notado sinais de espancamento na criança em datas anteriores, quando era levada para sua casa, sendo registrado boletins de ocorrências por maus-tratos, entre os anos de 2021 e 2022, além de acionamento do Conselho Tutelar.

No prontuário da criança foi constato que haviam cerca de 30 atendimentos registrados, sendo um deles, por fratura da tíbia, principal osso da perna.

O delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, disse que a suspeita de abuso sexual foi, preliminarmente, descartada pela polícia, porém o casal, foi autuado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e devem passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (27). A polícia solicitou a prisão preventiva do casal.

O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Fale com a Redação