Três policiais militares foram presos em março deste ano durante a Operação Refúgio
12/05/2020 17h11
Por: Redação
Três policiais militares, dois da ativa e um reformado, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por associação criminosa, sequestro e migração ilegal mediante o uso de violência. O trio foi alvo da Operação Refúgio, deflagrada pela Polícia Federal, em 18 de março, em Corumbá, região do Pantanal, e continuam presos até a presente data.
De acordo com o MPF, em agosto de 2019, os policiais sequestraram os bolivianos, um deles solicitante de reconhecimento da condição de refugiado no Brasil, em frente a um restaurante em Corumbá. As duas vítimas foram forçadas a entrarem em um dos veículos sendo ameaçadas com armas de fogo. As investigações apontam que a operação foi acompanhada por dois policiais bolivianos, que seguiam em outro automóvel.
Ao se aproximarem do posto da fronteira, uma das vítimas conseguiu sair do carro e correu em direção à unidade Esdras da Receita Federal do Brasil pedindo por socorro, informando que era refugiado e que havia sido sequestrado. Os três policiais foram até o local, identificaram-se e tiveram ajuda do cabo da PM que cumpria expediente no posto para recapturar a vítima.
As duas vítimas foram entregues no posto policial de Puerto Quijarro, na Bolívia. Uma delas prestou depoimento e foi liberada, enquanto o outra foi conduzida à cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.
O MPF entendeu que a atuação conjunta dos policiais militares brasileiros e policiais bolivianos usurparam a autoridade das decisões em medida de cooperação internacional nos casos de extradição ou medida de retirada compulsória.
