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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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Serviço na Santa Casa atua na prevenção e controle de infecção hospitalar

Ações foram intensificadas nesse período de pandemia, devido à mudança no perfil epidemiológico da instituição

Controlar o risco de infecção hospitalar exige um esforço conjunto e multidisciplinar de várias áreas da assistência, uma vez que as ações de prevenção e combate envolvem tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes, acompanhantes, visitantes e demais funcionários do hospital. Na Santa Casa de Campo Grande esse trabalho é uma das grandes prioridades para o atendimento adequado à saúde.

E, durante a pandemia, esse controle vem sendo intensificado em virtude das estratégias para prevenção da disseminação do novo coronavírus, que é altamente transmissível. Além dessa realidade que os hospitais estão enfrentando, existe um novo cenário revelado a partir da mudança do perfil dos pacientes atendidos, já que a Santa Casa atende demanda COVID-19 e não-COVID, atualmente recebendo pacientes mais idosos do que no período anterior à pandemia. E essa miscigenação de atendimentos trouxe para o âmbito hospitalar um novo perfil epidemiológico que exigiu atenção redobrada no controle de infecções.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição destaca que, com essa mudança, a contenção dos contágios teve que ser reforçada e, com isso, houve a necessidade de mais contratações. De uma forma geral, o papel do enfermeiro do SCIH é o de orientar os novos profissionais de saúde no que diz respeito a prevenção de infecções e contribuir com medidas específicas para que não ocorra disseminação de microrganismos dentro do ambiente hospitalar.

A infectologista, Drª Priscilla Alexandrino, coordenadora médica do SCIH, explica que o serviço atua em diversas áreas do hospital, desde as àreas administrativas até as assistenciais, principalmente na situações que envolve o paciente. “Fazemos as normatizações dos processos existentes, sempre visando a prevenção e o controle das infecções relacionadas a assistência em saúde. Temos uma atuação bem ampla, desde o controle de pragas, qualidade da água utilizada no hospital até a qualidade do processo de desinfecção dos medicamentos que serão usados nos pacientes e a esterilização em geral, em especial no centro cirúrgico”, comentou. 

Evitar as contaminações é um importante sinal de qualidade da assistência prestada e também de bem-estar ao assistido, resultando assim numa redução significativa do tempo de internação e danos ao paciente. E um programa eficiente envolve desde a capacitação dos funcionários até a validação dos processos para que o hospital possa continuar cumprindo os requisitos exigidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Além disso, é importante incentivar a alta médica sempre que possível, evitando-se permanecer muito tempo no hospital, já que as chances de infecção aumentam com o passar do tempo. Caso não seja possível a alta, o SCIH juntamente com a equipe médica verifica diariamente a possibilidade do paciente que esteja utilizando algum dispositivo (sonda, tubo, cateter e dentre outros) seja retirado o quanto antes, diminuindo assim as chances de infecção por algum tipo de bactéria, como no caso de Infecção do Trato Urinário (ITU), Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAVM) e Infecção de Corrente Sanguínea (ICS).

O SCIH é o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa, implantado de acordo com as normas da vigilância sanitária, que é responsável por executar as atividades definidas pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção hospitalar). Ele desenvolve ações em conjunto com a CCIH, visando prevenir ou reduzir a incidência e a gravidade das infecções hospitalares.

“Temos atuado na fiscalização para ver se normativas instruídas pelo CCIH estão sendo cumpridas. E, neste período de pandemia, temos também ajudado na racionalização dos insumos hospitalares, especialmente dos equipamentos de proteção individual”, finalizou. 

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