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sexta-feira, 29 de março, 2024
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SES reforça as ações de mobilização e conscientização sobre hanseníase

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, por meio do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, realiza a mobilização para o ‘Janeiro Roxo’, que é o mês alusivo a hanseníase e acontecem ações em todo o país. O tema deste ano será ‘O enfrentamento ao estigma e discriminação’.

Neste mês o Programa lança estratégias de apoio as ações de mobilização para o controle da doença, com o objetivo de ampliar a conscientização da população sobre a Hanseníase no Estado. Por isso, no mês da campanha a SES programou diversas atividades em parceria com os Programas Municipais, Hospital de Referência e LACEN para reforçar e desenvolver as ações de controle sobre a doença.

Para a Gerente Técnica do Programa Estadual de Hanseníase da SES, Geisa Poliane de Oliveira, dentre as estratégias e ações programadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Vamos enfatizar sobre estigma e discriminação da doença, sobre o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno como forma de eliminar fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença. A abordagem frente a avaliação de incapacidade física é outro ponto fundamental que vamos debater, já que a hanseníase tem alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, que são um dos principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas que tem ou tiveram a doença”.

Atualmente o Estado apresenta 381 casos em tratamento, sendo que nos anos de 2010 a 2017 a média de casos novos era de 681 casos. Em 2019 foram diagnosticados 477 novos casos. “Esta queda dos casos pode estar relacionada à baixa procura nas unidades de saúde por pessoas com suspeita da doença.

Por isso, há necessidade de ampliar a divulgação da doença e a sensibilização na comunidade, e de oferecer capacitação aos profissionais de saúde sobre o manejo clínico dos doentes e da busca ativa de casos suspeitos”, explica a gerente.

Outro ponto sobre a baixa procura ocorreu em razão da pandemia da Covid-19. “Muitas pessoas também deixaram de procurar às unidades de saúde por este motivo, mas a pandemia também nos impossibilitou quanto a execução de várias estratégias sobre a doença em todos os níveis”, avalia Geisa.

Quanto a conscientização sobre o ‘Janeiro Roxo’ no controle da Hanseníase, a gerente reforça: “É necessário alertar a população sobre sinais e sintomas da doença, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa de casos, favorecendo assim, o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a prevenção das incapacidades”.

Sobre a Hanseníase

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, atinge pele e nervos, e quando não tratada pode causar incapacidades físicas e deformidades. A doença acomete pessoas de qualquer sexo e idade. A transmissão se dá por meio de vias aéreas respiratórias (pelo ar), através do convívio prolongado com paciente sem o tratamento.

SES reforça as ações de mobilização e conscientização sobre hanseníase

Principais sinais e sintomas são: lesões ou manchas na pele (esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas) com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato); formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência (a pessoa se queima ou se machuca sem perceber); áreas com diminuição dos pelos e do suor; diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés; edema de mãos e pés com arroxeamento dos dedos e ressecamento da pele.

Diagnóstico: é essencialmente clínico epidemiológico, realizado por meio de exame da pele e dos nervos, para identificar lesões com alteração de sensibilidade e alterações motoras.

Tratamento: é realizado através da associação de medicamentos, fornecidos gratuitamente pelo SUS, disponíveis em qualquer unidade se saúde.

Ação Programática do Janeiro Roxo

Em parceria com a Fiocruz, o Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES, realiza no próximo dia 27, às 8 horas, a palestra com o tema “Abordagem de Enfermagem ao Paciente com Hanseníase”, ministrado pela Gerente Técnica do Programa Estadual de Hanseníase da SES, Cleide Aparecida Alves, do Programa Estadual de Hanseníase. A palestra faz parte da programação curso de verão “Sistematização da Assistência de Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias (Dip)”, realizado pela Fiocruz, que acontece entre os dias 25 e 29/01.

No dia 28, às 9 horas, acontece a web aula organizada pelo Programa Estadual com o tema “Hanseníase: Manejo Clínico e Fluxo de Atendimento”. Com participação do Hospital São Julião (referência no tratamento da doença) e da Coordenação Geral de Doenças em Eliminação/ Ministério da Saúde. A web aula é voltado exclusivamente para os profissionais de saúde estaduais e possibilitará entendimento sobre estigma e discriminação enfrentado pelo paciente; epidemiologia da doença no Estado e no Brasil; diagnóstico, classificação operacional e o papel da referência.

O curso será mediado pela Gerente Técnica do Programa Estadual de Hanseníase, Geisa Poliane de Oliveira, e contará com o Médico Dermatologista Coordenador da equipe de assistência a hanseníase do Hospital São Julião, Augusto Brasil. Além da participação da Coordenadora Geral das Doenças em Eliminação/ Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha. A carga horária será de 3 horas.

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