Água, caneta preta com embalagem transparente e alimentos estão entre os produtos oferecidos
04/11/2018 10h41
Por: Redação
Em tempos de crise e com o desemprego em alta, eventos que reúnem um bom número de pessoas passam a ser vistos por vendedores ambulantes como uma oportunidade de aumentar o faturamento.
É o caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, neste domingo (4) e no próximo (11), avalia o conhecimento de 72.393 sul-mato-grossenses que concluíram ou estão prestes a concluir o ensino médio.
Com tanta gente envolvida, o exame acaba atraindo autônomos nos locais de prova espalhados por Campo Grande.
O EnfoqueMS conversou com ambulantes que montavam suas barracas e tendas próximas aos portões de entrada dos locais das provas muito antes de os primeiros candidatos começarem a chegar. Alguns deles passaram a vender alimentos nas ruas após serem despedidos de seus antigos empregos. Outros decidiram se aventurar na informalidade após calcular que podiam ganhar mais do que como assalariados.
“Com a crise, a firma em que eu trabalhava faliu. Fiquei desempregado e tive que apelar para as vendas ambulantes”, contou o ex-cobrador Ailton, 52 anos. Há um ano ele tira o sustento da família de uma banca de doces e salgados industrializados que mantém com a esposa, Catia, 47 anos.
Para hoje, a maioria dos carrinhos e bancas montados ao redor dos locais de prova do Enem trazia mercadorias que indicavam conhecimento a respeito do que é permitido ao candidato levar para sala de aula: canetas pretas com o corpo transparente, garrafas d’água, barras de cereais e produtos industrializados devidamente lacrados eram os principais produtos à venda. A caneta é vendida por R$ 2,00 e a água R$ 3,00
“Durante a semana, é muito raro eu vender canetas. Água também vende pouco. Já nos dias de provas, de concursos, estes produtos vendem bem e eu procuro trazer mais”, contou Adriano, 38 anos.




















