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Menos de 50% do público alvo foi vacinado contra gripe em MS

Publicado em 19/05/2018 16h55

Menos de 50% do público alvo foi vacinado contra gripe em MS

Até ontem (18), apenas 48,9% haviam tomado a dose de vacina. Faltam duas semanas para encerramento da campanha nacional.

Correio do estado

Faltando duas semanas para o fim da campanha de vacinação contra a gripe, a cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul ainda é baixa. O Estado tem meta de imunizar 737 mil, mas até ontem (18) de acordo com dados do Ministério da Saúde foram aplicadas apenas 344.545 doses no Estado, ou seja, 48,9% do público alvo.

O percentual é inferior ao do País, que já teve 26.044.450 pessoas vacinadas, 49,17% das 54,4 milhões de pessoas que devem receber a dose até o dia 1° de junho quando termina a campanha. O Ministério da Saúde ainda não confirmou o prorrogamento do prazo.

“É preciso que as pessoas consideradas do grupo-prioritário se conscientizem da importância da vacinação e procurem os postos para se protegerem contra a gripe”, ressaltou a coordenadora-substituta do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Ana Goretti.

Até 16 de maio foram vacinadas foram vacinadas 26 milhões de pessoas. Este total considera todo o público estimado, englobando pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas –, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. Dessas, 21,4 milhões são idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto).

O público com maior cobertura, até o momento é de puérperas, com 59%, seguido pelos trabalhadores da saúde (53%) e professores (49%). Entre as gestantes, a cobertura de vacinação ficou em 41% e indígenas 37%.

O grupo com menor índice de vacinação foram as crianças, entre seis meses e cinco anos, a cobertura é de apenas 34,9%. “A vacina e a forma mais eficaz de proteger as nossas crianças, reduzindo hospitalizações e as complicações da doença. Proteger a criança da gripe é proteger também toda a família, pois elas são as principais transmissoras do vírus”, explicou a coordenadora substituta.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

GRIPE EM MS

Reportagem publicada ontem pelo Portal Correio do Estado mostrou que dois idosos e um bebê de 11 meses morreram vítimas da doença na semana passada, aumentando a estatística para 10 mortes pelo vírus Influenza neste ano. Os números de cinco meses de 2018 já superaram os registros dos 12 meses do ano passado, quando foram seis óbitos.

O bebê de 11 meses foi internado no dia 9 de maio e morreu no mesmo dia. Ele foi vítima do vírus Influenza B e começou a apresentar os sintomas dois dias antes da internação no Centro Regional de Saúde do Tiradentes. Não há informações se ele havia sido vacinado.

No dia 11 de maio, um idoso de 81 anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Leblon. Ele tinha doença cardiovascular crônica e começou a sentir os sintomas no dia 9 de maio. O paciente não era vacinado contra a gripe.

Em Nioaque, um idoso de 65 anos foi internado no dia 10 de maio e morreu no dia 12, sendo que começou a sentir os sintomas no dia 8. Não há informação se a vítima foi vacinada, mas ela era diabética, hipertensa e dependente de álcool.

As informações dos pacientes foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). As estatísticas foram divulgadas pelo Boletim Epidemiológico da pasta na quinta-feira (17).

GRIPE NO BRASIL

O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 14 de maio, foram registrados 1.326 casos de influenza em todo o país, com 214 óbitos. Do total, 795 casos e 128 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 270 casos e 42 óbitos. Além disso, foram 143 registros de influenza B, com 18 óbitos e os outros 118 de influenza A não subtipado, com 26 óbitos.

Menos de 50% do público alvo foi vacinado contra gripe em MS

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