O PT-MS (Partido dos Trabalhadores em MS), está agindo rápido para substituir a ainda ‘estrela maior’ da sigla no Estado, Zeca do PT, que iria disputar pela terceira vez o governo de Mato Grosso do Sul, mas desistiu na semana passada, como o Enfoquem MS noticiou. A antiga militante, advogada Giselle Marques, que estava pleiteando ser candidata do partido ao Senado Federal, agora será colocada com a mulher petista, que pela primeira vez, irá em busca do cargo no Parque dos Poderes. O PT por dois mandatos, governou MS com o ex-governador José Orcírio Miranda, o Zeca, de 1999 a 2006.
O anúncio do fato, saiu extraoficial, nesta segunda-feira (11), com programação marcada para tarde desta terça-feira (12), na sede da legenda, que já vinha discutindo nomes e colocou que o partido iria ter candidato, desde o último dia 06, quando Zeca do PT retira pré-candidatura ao governo do Estado . O nome de Giselle é considerado novo e forte, para alavancar uma candidatura petista, apesar do tempo já escasso ante demais candidatos que estão a meses sendo divulgados.
No dia da desistência de Zeca do PT, na última quarta-feira (6), da disputa pelo governo nas eleições deste ano, o PT lançou nota oficial que decidiria e anunciaria em menor tempo possível, o novo representante do partido, que dará principalmente, palanque a candidatura de Luiz Inacio Lula da Silva em MS.
Assim, em menos de uma semana, o PT convoca uma coletiva de imprensa para oficializar a advogada Giselle Marques, como pré-candidata do partido. Os diretórios do Estado se reuniram e chegaram ao consenso no nome de Giselle ante a desistência de Zeca, na semana passada, para liberar o partido na corrida eleitoral, já que está com pendências na Justiça.
Giselle estava pleiteando a vaga ao Senado internamente no partido. Após, ela anunciar no mês passado, a intenção de ser Senadora, um concorrente interno também apareceu e ela disputava a vaga com o professor Tiago Botelho, que agora deve ser o pré-candidato oficial.
Curriculum
A advogada tem a ‘marca’ do PT, sendo considerada petista ‘raiz’, pois a 36 anos é militante petista e dos Direitos Humanos no MS. Ela está filiada a agremiação desde 1986, com origem estudantil. Dentre os petistas, Giselle é conhecida por participar ativamente dos movimentos sociais. Além disso é mestre, doutora e pós-doutora em Meio Ambiente. Ela até já participou como candidata, disputando eleição em 2018, como primeira suplente de Zeca do PT para o Senado.
Quando ele foi governador, ela ocupou os cargos de superintendente do Procon e gerente de licenciamento do antigo IMAP (Instituto de Meio Ambiente do Pantanal), hoje Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
“É importante o PT ter candidatura própria, uma vez que o companheiro Zeca declarou que não tem como ser candidato. Pedi que o diretório conversasse e que meu nome tivesse alcance em todo o partido. Essa foi minha única condição, de ter a maioria me apoiando. Os militantes vão se sentir representados”, disse Giselle..
Mesmo após a crise nacional do PT, Giselle não quis deixar o partido e criou o grupo juristas pela democracia. De lá para cá tem ganhando engajamento político. Disputou a eleição da OAB-MS (Ordem dos Advogados Brasileiro Seccional de Mato Grosso do Sul) no final do ano passado e ficou em terceiro lugar.
“Sempre disse que o PT ressurgiria das cinzas, como uma fênix. Mas não imaginava que fosse tão rápido. Isso mostra que o povo brasileiro tem uma sabedoria de perceber a diferença entre um governo de Lula e um de extrema direita”, pontuou.
Tempo para viabilizar candidatura
A futura candidata acredita que tem tempo para construir a pré-candidatura, embora outros pré-candidatos estejam há algumas semanas percorrendo o Estado. “Me sinto preparada para ir governo de Mato Grosso do Sul, porque como pesquisadora sempre estudei alternativas econômicas sustentáveis do desenvolvimento do Estado. Essa pré-candidatura é consequência de todo um trabalho”, ressaltou Giselle.
A candidata já conversou com a família e disse que apesar do medo das filhas, ela não vai deixar de lutar. “Já recebi muitas ameaças de morte. Tive que mudar de casa, quando elas eram pequenas. Mas elas compreenderam, disseram que se eu não tiver lutando pelo que acredito, não sou eu. Nesse momento estamos de luta da civilização contra a barbárie e não posso deixar de fazer minha contribuição”, apontou.
A petista já na evolução de candidata, revelou que assim que for anunciada amanhã, como pré-candidata, ela Giselle, já pretende conversar com representantes políticos do PSOL, Rede Sustentabilidade e PDT. “Precisamos fazer uma chapa qualificada para ajudar a nossa gestão aqui e a do presidente Lula.”
Serviço
A coletiva de imprensa está programada para amanhã com horário a ser confirmado, sendo na sede do PT, localizada na rua das Garças, nº 2320, no bairro Santa Fé.
