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Saúde vai ter recurso mais flexível para fazer mais de 2,9 mi de atendimentos

Publicado em 01/01/2018 07h07

Saúde vai ter recurso mais flexível para fazer mais de 2,9 mi de atendimentos

Governo Federal determinou mudanças na forma de gasto de verbas do SUS

Correio do Estado

A Secretária Municipal de Saúde Pública (Sesau) poderá usar recursos da União com mais flexibilidade a partir de 2018. Isso porque o Governo Federal divulgou novas regras que flexibilizaram o repasse e uso de verbas destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). As mudanças passarão a valer a partir do dia 31 de janeiro de 2018.

O atual repasse de recursos do governo federal para os estados deverá ser dividida e enviada por meio de blocos. Alguns deles são: a atenção básica (atendimento nas unidades de saúde), vigilância (combate a vetores de doenças), média e alta complexidade (financiamiento de hospitais).

Atualmente Campo Grande tem seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Centros Regionais de Saúde (CRSs). O repasse ainda deve seguir o que está estabelecido nos planos municipais de saúde e será monitorado pelo Conselho Municipal de Saúde.

“O que estamos permitindo é mais flexibilidade para que um município proponha como deve gastar. Hoje mandamos recurso carimbado igual para todo mundo, como se fosse igual uma cidade no Amazonas com uma de uma região metropolitana. E não é”, afirmou o ministro da saúde, Ricardo Barros, em entrevista ao Folhapress.

ATENDIMENTOS

As mudanças ainda não deixaram claro se a prefeitura conseguiram, de alguma forma, ampliar os atendimentos na rede pública. Segundo balanço divulgado agora em dezembro, foram realizados 2.976,037,00 atendimentos médicos nas unidades 24 horas, o que representa um aumento de 6,07% em relação a 2016.

Conforme análise de atendimentos feito junto à Coordenadoria de Urgência da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), em 2016 foram 2.806,037,00 pacientes atendidos nas dez unidades de urgência. Neste ano, foram contabilizados 2.976,423,00 de atendimentos, ou seja, aumento de quase 171 mil pacientes, o equivalente a 6,07% .

O número de procedimentos (atendimento de enfermagem, assistente social e outros) realizados nestas unidades também teve um crescimento acentuado. Em 2016 foram 3.123,854, e agora em 2017 chegou a 3.322,839, ou seja, um aumento de 6,37%.

Segundo o protocolo de Classificação de Risco Adulto, pacientes classificados como azul ou verde representam quase 60% do total do número de atendimentos. A maioria destes pacientes poderiam estar sendo atendidos em qualquer unidade básica de saúde, conforme explicou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela.

“Esse é o grande gargalho hoje da assistência. Você tem uma urgência sobrecarregada, em sua maioria por pacientes que poderiam ser atendidos na Atenção Básica, e também por uma demanda do interior do Estado que é cada vez mais crescente. Por esta razão, nós iniciamos um trabalho de reestruturação da Atenção Básica para garantir que esse paciente possa ser atendido perto de casa e desenvolvemos mecanismos de controle para saber quem entra e quem sai das nossas unidades a fim de nortear nossas ações”, explicou Vilela.

De acordo com o secretário, dentre os mecanismos de controle, está a Sala de Situação, implantada em maio deste ano a fim de dinamizar o serviço e nortear as ações.

“Através da Sala de Situação é possível monitorar o fluxo de atendimento em tempo hábil e tomar as atitudes necessárias. Antes, nós não tínhamos esse acesso momentâneo e ficamos praticamente no escuro. Hoje, nós temos atualizados a cada 2 horas todo o fluxo de atendimento e demanda das unidades”, ressaltou o secretário.

MONITORAMENTO

O monitoramento da assistência na Rede de Urgência é feito através de outras ferramentas,como: Atendimento Diário, Censo Situacional/Kanban, Busca Ativa do Serviço Social, Classificação de Risco e Médico Visitador) e outras ainda em fase de construção que contribuíram para um aumento do portfólio de informações a fim de garantir a avaliação de dados.

Tais ferramentas possibilitam ainda a reorganização, identificação e planejamento das estratégias de trabalho.

“Isso pode ampliar a capacidade da equipe de saúde em responder às demandas dos usuários, reduzindo a centralidade das consultas médicas e melhor utilizando o potencial dos demais trabalhadores de saúde”, disse Vilela.

Por fim, o secretário reforça que, apesar dos indicadores mostrarem que Campo Grande tem conseguido atender uma demanda cada vez maior, com índice de resolubilidade de até 70% dos casos, é preciso aprimorar e organizar o sistema, tanto financeiramente, quanto à assistência, principalmente da demanda advinda do interior que representa cerca de 30% dos pacientes que estão nas UPAs e CRSs e precisam de encaminhamento para internação em um hospital.

Novas regras entram em vigor a partir do dia 31 de janeiro de 2018 - Divulgação

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