Professores fazem ato e se instalam na prefeitura em 2º dia útil de greve na Capital

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Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande fazem nova manifestação no Paço Municipal nesta segunda-feira (5), segundo dia, útil, de paralisação. Eles se reuniram desde cedinho em frente a Prefeitura, onde até na expectativa de reunião com prefeita Adriane Lopes, foram marcar presença e ficar no local, onde instalaram barracas neste 2º dia de greve.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, disse que ao menos 300 professores devem participar de todo o ato pela manhã. Os servidores estão esperando na calçada, na Avenida Afonso Pena. Eles fazem distribuição de panfletos e cartazes reforçando os motivos que levaram à paralisação.

A ACP ainda não informou o percentual de adesão à greve nas escolas nesta segunda-feira. No primeiro dia, segundo a ACP, 60% dos educadores pararam totalmente as atividades e 100% esteve envolvido nos protestos em busca do piso para 20 horas. A Prefeitura recorreu à justiça para impedir a greve, mas o desembargador Sérgio Martins aguarda explicação da ACP antes de decidir pela legalidade ou não do movimento, que tem paralisação prevista até sexta-feira (9).

Os professores rejeitaram a proposta da Prefeitura, de 4,78% de reajuste e R$ 400 reais de bolsa alimentação, para 40 horas semanais. Eles cobram a programação de já Lei desde 2012, que foi reformada em acordo, para ir sendo cumprido de 2022 a 2024. Sendo que agora, neste mês de novembro, seriam 10,39% de reajuste acordados por Marquinhos Trad em março, antes de renunciar para se candidatar ao Governo do Estado.

Condicionante

Em reunião com a ACP, Trad prometeu o reajuste de 10,39% para dezembro, mas condicionou ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51,3%. Esta é a defesa utilizada pela Prefeitura para dizer que não pode efetuar o pagamento, por correr risco de responder por improbidade administrativa.

Segundo a Prefeitura, o reajuste levaria a um comprometimento de mais de 60% da receita em gasto com pessoal, o que poderia levar à cassação de Adriane Lopes.

Greve com dias marcados

A paralisação desta vez em uma programação de dias marcados, até pelo fim de ano, sendo que iniciou e acontece desde sexta-feira (2), pela cobrança da Lei 9.796/22, quando o reajuste da categoria foi escalonado, onde deveria ser pago 10,39% em novembro, entretanto, o município alega dificuldade financeira e ofereceu 4,78%.

O primeiro dia da greve foi marcado por uma passeata no centro da cidade, que reuniu mais de três mil pessoas, de acordo com a ACP. O movimento de paralisação das atividades vai até o dia 9 de dezembro, podendo a greve ser prorrogada em nova assembleia geral, até lá, professores seguem mobilizados.