Preso na manhã dessa quarta-feira (03), em Campo Grande, o vereador Claudinho Serra (PSDB) foi alojado em uma cela do Centro de Triagem ‘Anísio Lima’, no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima.
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A defesa do político alega não ter justificativa para a detenção em regime fechado. Além disso, o processo está em segredo de Justiça e, por conta disso, não tiveram acesso para apresentar qualquer argumentação.
“Não há justificativa para a prisão preventiva do parlamentar. Ele é primário, possui residência fixa, ocupação lícita e nenhum antecedente criminal. Ele não foi intimado para prestar esclarecimentos na investigação”, cita nota da defesa à imprensa.
A operação
O Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagraram hoje a terceira fase da Operação Tromper, que investiga uma organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos relacionados à Prefeitura Municipal de Sidrolândia.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em imóveis localizados em Campo Grande e em Sidrolândia. Claudinho Serra foi preso em sua casa, no Residencial Damha.
Ele atuou como secretário municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica na gestão de sua sogra e atual prefeita Vanda Camilo (PP) até junho de 2023, quando deixou a pasta para assumir mandato de vereador em Campo Grande.
A prefeita Vanda Camilo não está entre os alvos da ação, em nota, informou estar acompanhando de perto o desenrolar da operação e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
O nome “Tromper” vem do verbo da língua francesa que significa ‘enganar’. Hoje, a operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar, além da assessoria militar do MPMS.
Segundo o MPMS, o desdobramento da primeira etapa da operação identificou um “conluio” entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura. Foi identificada uma ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
A investigação identificou ainda a existência de uma organização criminosa voltada à fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.
Vereador
A reportagem tentou contato com o vereador Claudinho Serra, por telefone, e nenhuma ligação foi atendida. Ele assumiu o mandato primeiramente em maio de 2023, com a saída de João Rocha para secretaria municipal de Campo Grande.
Com a volta de Rocha para a Câmara neste ano de 2024, Claudinho sairia, mas ficou e desta vez, assumiu pela segunda vez em 7 de março no lugar de Ademir Santana (PSDB), que deixou o cargo para atuar na campanha eleitoral do PSDB.