Ministra diz que MS tem tudo para não existir violência contra à mulher: “não combina com o desenvolvimento!”

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Ministra da Mulher, Márcia Lopes, durante evento em Campo Grande (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Durante a sua participação no 3° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, que acontece nessa quinta-feira (04), em Campo Grande, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, intimou os prefeitos sul-mato-grossenses a enfrentar a onda de violência contra as mulheres, especialmente o feminicídio.

Na fala, destacou que os prefeitos precisam dizer todos os dias, seja durante entrevistas em programas de rádio ou nos discursos em eventos públicos, que na sua cidade não se tolera a violência contra as mulheres. “Os gestores estão mais perto da população e devem assumir essa liderança no enfrentamento”.

A ministra lembrou ainda que existe uma rede de proteção e instituições que estão juntas nesse processo. “Nós não podemos naturalizar isso de achar como os homens acham, que o que acontece da porta para dentro na casa deles é ele que decide”, afirmou, acrescentando que são 1,5 milhão de mulheres morando em MS.

“Mato Grosso do Sul tem tudo para não existir violência contra as mulheres. Um estado gigante do ponto de vista do seu potencial econômico, então não combina violência com desenvolvimento. Nós não queremos nunca mais ver Mato Grosso do Sul como um dos estados onde aumentou a violência contra a mulher”, pontuou.

Atualmente, Mato Grosso do Sul contabiliza 37 feminicídios, com um possível 38º caso ocorrido ontem (03), em Campo Grande, mas ainda em investigação. Para comparação, no ano de 2024 foram registrados 34 mulheres mortas por ódio de gênero. Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira realizou mais de 10.959 atendimentos na recepção e 137 mil nos demais serviços entre janeiro a outubro deste ano.