Investigações apuram participação de grupo em pagamento de propina como se fossem doações de campanha eleitoral de 2008 a 2014
31/07/2019 07h59
Por: Giuliana Saringer/R7
A PF (Polícia Federal) iniciou nesta quarta-feira (31) a 62ª fase da operação Lava Jato, que investiga pagamento de propina pelo grupo Petrópolis. As autoridades cumprem 39 mandados, sendo um de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 33 de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A operação, chamada de Rock City, acontece em 15 municípios brasileiros: Boituva (SP), Fernandópolis (SP), Itu (SP), Vinhedo(SP) , Piracicaba (SP) , Jacareí (SP), Porto Feliz (SP), Santa Fé do Sul (SP) , Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Cuiabá (MT), Cassilândia (MS), Petrópolis (RJ), Duque de Caxias (RJ) e Belo Horizonte (MG).
O objetivo da nova fase da Lava Jato é investigar o pagamento de propina como se fossem doações de campanha eleitoral realizadas pelo grupo Petrópolis. Supostas doações teriam sido feitas de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela Odebrecht com o Grupo investigado no valor de R$ 120 milhões. Em contrapartida, a empreiteira investia em negócios do grupo investigado.
As empresas teriam auxiliado a Odebrecht a realizar os pagamentos ilegais por meio da troca de reais por dólares.
Segundo a PF, a “suspeita é que offshores relacionadas ao Grupo Odebrecht realizavam — no exterior — transferências de valores para offshores do Grupo investigado, o qual disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para realização de doações eleitorais”.
O nome da operação remete ao nome à tradução para o inglês de Cidade de Pedra, significado em português das palavras gregas que remetem ao grupo Petrópolis.