Ainda havia na parede da cela a inscrição ‘1533 Não Passada Nada’
25/12/2019 18h22
Por: Redação
Julian Kenedi Vilhalva da Silva, 31 anos, foi identificado como sendo o preso encontrado morto dentro da cela de isolamento do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), na tarde de hoje (25). Ele estava com frase “CV era CV” escrita com creme dental em seu peito. O autor do homicídio, de 29 anos, foi autuado em flagrante delito na Polícia Civil.
A suspeita é de que o crime tenha sido motivado por guerra entre facções, já que a vítima seria simpatizante do Comando Vermelho (CV), enquanto o outro interno era ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Julian e o desafeto teriam pedido para sair do Pavilhão 2 em que estavam para uma área de isolamento. Mais tarde, por volta das 13 horas, a vítima foi encontrada enforcada e com o tórax marcado com a frase “CV era CV”, uma alusão ao Comando Vermelho, facção rival ao PCC.
Em depoimento, o autor teria informado que havia sido expulso do PCC, mas que desejava voltar à facção. Ele descobriu que Julian já havia prestado serviços ao CV e devia R$ 11,5 mil ao PCC por conta de uma venda de drogas que não havia dado certo.
Diante disto, acabou planejando e executando a morte de Julian, acreditando que, com este crime, ganharia seu retorno à facção.
Além da vítima e autor, haviam outros seis presos na cela. Na parede da cela, o autor teria anotado “1533 Não Passa Nada”, fazendo alusão de que seria do PCC.
O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac).
