Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, o hospital Santa Casa conta experiência de algumas delas.
06/03/2020 14h07
Por: Redação
Ao longo dos anos, as mulheres vêm acumulando conquistas importantes no mercado de trabalho e cada vez mais em cargos de liderança nas empresas. Na Santa Casa de Campo Grande, 74% dos postos de trabalho são ocupados atualmente por mulheres e, muitas delas, como diretoras, gerentes, coordenadoras e chefias. Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado no próximo domingo, 08 de março, vamos contar a experiência de algumas delas na instituição.
Sandra Ortega, 47 anos, assumiu a direção financeira da Santa Casa em 2017. Lembra que, quando começou a carreira profissional, poucas mulheres estavam em funções de comando. “Teve uma época que saí para comprar um blazer e todas as lojas que eu fui se impressionaram com minha busca e me questionavam: “blazer para mulher”? Então, até vestimenta a gente não encontrava, pois a sociedade não acreditava que uma mulher poderia um dia estar à frente de alguma coisa”, relatou. Sandra começou a trabalhar ainda muito jovem: “Eu tinha 14 anos e comecei em uma loja de roupas como vendedora, depois de um tempo fui promovida a gerente do local. Após, comecei a trabalhar em empresas como multinacionais de soja, sempre na área financeira. Me formei em economia, fiz cursos, especializações e fui para a área hospitalar, onde tive minha primeira experiência antes de vir pra cá. Para entrar aqui passei por uma seleção profissional, tinham outros candidatos comigo, fui aprovada e assumi o desafio aqui na Santa Casa”, contou.
“O que me conforta é que a sociedade vem mudando cada dia mais. Eu já perdi emprego por ser mulher, já me recusaram aumento salarial por eu ser mulher e, mesmo assim, cheguei onde estou. Não podemos desistir, pois todo mundo é capaz de chegar onde quer chegar. Sou muito grata à Santa Casa, que possui na direção três mulheres. Espero ver cada vez mais mulheres no comando”, complementou Sandra.
Na Santa Casa há seis anos, a enfermeira, Ariane Soares do Nascimento, se surpreendeu ao saber da estatística. “Fico feliz que somos maioria aqui dentro. Isso mostra que conseguimos conquistar nosso espaço”. É com um largo sorriso que ela relata o que já conquistou: “Eu comecei na Santa Casa como técnica e depois subi para enfermeira e durante todos esses anos, sempre fui tratada por igual aqui dentro, tanta nas questões salariais como nos serviços. Eu me encontrei na enfermagem, adoro estar no hospital e ajudar as pessoas”, disse.
Melícia Gonçalves Pires, 38 anos, técnica de enfermagem, também tem orgulho em trabalhar na Santa Casa. “Desde que entrei no hospital, sempre me senti valorizada aqui dentro não só como mulher, mas também, como profissional. Senti que acreditaram em mim desde o começo, sempre pude dar opinião e ter voz”. É com esse reconhecimento que Melícia finaliza: “Hoje, aqui no meu setor, todas são mulheres e isso mostra como nossa representatividade vem aumentando a cada dia. O que eu deixo de mensagem é para nenhuma mulher desistir dos seus sonhos não importa o preconceito, as caras feias ou o quanto tentem nos diminuir, é ter Fé, força em Deus e foco que podemos chegar aonde queremos chegar”.
Rhay Espíndola, trabalha ao lado de outras quinze mulheres. É o único funcionário homem do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), e afirma que a convivência tem sido muito positiva: “Não me sinto superior a elas só pelo simples fato de ser homem, pelo contrário, eu aprendo muito com elas. Elas sempre me ajudaram muito desde que entrei aqui. Sou muito grato por estar aqui e pelas experiências vividas”.
