Com a alta prevista para os próximos dias, o transplante trouxe alegria e contagiou todos da família.
08/03/2020 11h12
Por: Redação
Prestes a receber alta médica, Odilson Ramão Amarilha, morador de Porto Murtinho, comemora o novo órgão recebido por meio do transplante renal realizado no último dia 21 de fevereiro pela equipe de urologia da Santa Casa de Campo Grande. Após anos à espera de um doador falecido, ele se vê, aos 32 anos, feliz e esperançoso com a nova fase que se inicia em sua vida. Este foi o quarto transplante renal com doador falecido neste ano.
O problema renal de Odilson foi diagnosticado “repentinamente” após episódios de dores de cabeça e inchaços que se tornaram constantes e que o levou à internação de emergência no hospital de origem, no ano de 2013. “Quando tudo começou eu ainda trabalhava e tinha minha vida com a família. Já fazia tratamento da hipertensão, mas as dores e os inchaços eram fortes e um dia passei muito mal e fui para o hospital com sérios riscos, foi então que descobri que era por conta da insuficiência que tinha comprometido meus dois rins”, lembrou.
Com comprometimento total dos rins, o paciente precisou iniciar o tratamento de hemodiálise, foi quando ele e sua família tiveram que vir à Capital. Foram sete anos de tratamento e muita espera por um doador. “Era muito difícil a hemodiálise, no dia que recebi a ligação foi tão emocionante que até chorei de alegria. Eu nem acreditei quando a Fernanda (enfermeira do transplante) ligou para mim, me enchi de esperança de novo”, comentou Odilson.
Com a alta prevista para os próximos dias, o transplante trouxe alegria e contagiou todos da família, tanto que muitos planos voltaram com a nova qualidade de vida, como viajar e até mesmo trabalhar fora. Todo esse momento só foi possível por conta da doação do órgão autorizado pela família que perdeu um ente querido, um gesto humano e altruísta que é motivo de profundo agradecimento.
“Só tenho a agradecer! Primeiro à Deus, depois à família que me doou o rim. Queria mesmo é poder falar isso pessoalmente a eles, mas não sei se é possível. Agradeço também o cuidado de todos da equipe do hospital, eles tratam a gente muito bem. Agora vou poder fazer coisas que antes não podia, mas vou me cuidar muito bem e seguir as orientações para não voltar mais para máquina”, afirmou.
A equipe médica responsável pelo transplante foram os médicos urologistas, Dr. Adriano Lyrio e Dr. Gustavo Dutra, além da médica nefrologista, Dra. Rafaella Campanholo Grandinete, a enfermeira do transplante, Fernanda Saraiva e toda equipe multiprofissional do centro cirúrgico.
