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segunda-feira, 6 de maio, 2024
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CCZ inicia campanha de vacinação antirrábica nesta segunda-feira

A meta é imunizar 80% da população estimada em 224.563 cães e 63.205 gatos

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) dá início nesta segunda-feira (3), a  Campanha Anual de Vacinação Antirrábica. A meta é imunizar 80% da população estimada em 224.563 cães e 63.205 gatos, mantendo assim o controle da doença em Campo Grande. As doses são gratuitas e protegem os animais contra a raiva, que é fatal.

Ao todo, 75 agentes de combate a endemias estarão envolvidos na visitação dos imóveis e vacinação dos animais. O trabalho terá início pelo  Nova Lima e depois irá se estender pelos demais bairros da região do Segredo. Ao longo da campanha os servidores irão percorrer às sete regiões urbanas e distritos do Município, seguindo um cronograma pré-estabelecido.

Na campanha do ano passado, o órgão vacinou 198.607 animais, sendo 50.601 felinos e 148.006 caninos. Desde 2005 é feito o trabalho de vacinação de casa em casa.

A médica veterinária Cláudia Macedo, explica que para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses de idade e estar saudável.

“Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, enfatiza.

A veterinária destaca que apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, o Município registra anualmente diagnóstico positivo para raiva em morcegos.

“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, diz

Em Campo Grande, o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus.

Por fim, Cláudia ressalta que é imprescindível a colaboração de todos os tutores de cães e gatos, recebendo os agentes do CCZ que estarão executando suas atividades desta forma também cuidando da saúde da população humana.

Os servidores estarão uniformizados e portando crachá de identificação funcional. Caso o morador desconfie de alguma atitude suspeita ou queira tirar alguma dúvida sobre a ação o órgão disponibiliza o número 67 3313-5000.

Ponto fixo de vacinação no CCZ

Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro será deixado um comunicado para que o tutor leve o animal ao CCZ, localizado  na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga, para a aplicação da  vacina antirrábica. O horário de funcionamento do órgão para vacinação é de segunda a sexta-feira, de 7 às 21 horas,  aos sábados, domingos e feriados, de 6 às 22 horas.

Doença

A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda levando à morte em quase a totalidade dos infectados sendo de grande relevância para a saúde pública.

O CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município sendo primordial a vacinação de cães e gatos uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.

As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.

Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado.  O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.

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