Sempre polêmico e alvo de muitos prós e contras, o assunto ‘Horário de Verão’ foi mais uma vez colocado em pauta. Quatro anos desde que foi extinto pelo Governo Federal, o adiantamento em uma hora nos relógios dos estados que integram o centro-sul do País ainda não teve o retorno confirmado, mas a expectativa é de que continue em off, agradando alguns e deixando outros entristecidos, uma vez que usavam a hora extra do Sol para fazer atividades físicas.
O Ministério de Minas e Energia reforçou que, do ponto de vista técnico, a mudança pode reduzir o consumo, já que houve crescimento de minigeração distribuída. A decisão final ainda não foi tomada, pelo cronograma tradicional, o Horário Brasileiro de Verão começava em outubro e terminava somente em fevereiro. Nesse período, o relógio sofre uma alteração de uma hora, que é ‘devolvida’ depois, quando a programação encerra.
O objetivo da medida, que foi instituida pela primeira vez em 1931, é aproveitar o maior período de luz natural durante a época mais quente do ano, entre a primavera e o verão, para reduzir o consumo de energia elétrica no horário de pico. No entanto, como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo, o horário de verão deixou de produzir os resultados e foi suspenso em 2019.
Segundo o Ministério, a redução da economia do horário de verão começou a ser percebida e questionada em 2017, quando foi registrada uma queda de consumo da ordem de 2.185 megawatts, o equivalente a cerca de R$ 145 milhões. Em 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, caindo para R$ 159,5 milhões em 2016, uma diminuição de 60%.
Desde que foi extinto, o tema sempre gerou discussão e, inclusive, após a eleição do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma enquete nas redes sociais sobre a volta do horário de verão e o resultado foi favorável ao regresso da medida. Entretanto, desde então a até agora o chefe do Executivo Federal não mais comentou sobre o assunto.
Já a pasta responsável disse, em nota à imprensa, que a mudança pode trazer economia. “Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída, percebeu-se um retorno do período de máximo consumo (ponta do sistema) para a noite, que poderia ser reduzida com a adoção da política”, cita o órgão.
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